Campeão olímpico, André Heller anuncia aposentadoria do vôlei

Treino do Grêmio (Foto: Eduardo Moura)
Treino do Grêmio (Foto: Eduardo Moura)

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É o fim da linha para o central André Heller. Aos 38 anos, o multicampeão, que está atuando pelo Vôlei Brasil Kirin, equipe de Campinas (SP), anunciou a sua aposentadoria nesta sexta-feira. O jogador vai parar após o fim da Superliga, onde sua equipe disputa as semifinais contra o Sesi-SP.

Em pronunciamento, André afirmou que planejava parar somente daqui a dois anos, mas uma lesão na articulação não permitirá. Ele ainda afirma que pretende permanecer no esporte, na área de gestão.

André jogou pela Seleção Brasileira por 12 anos, sendo dez deles na equipe adulta. Ele foi foi bicampeão sul-americano (1999 e 2005), hexacampeão da Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007), bicampeão da Copa do Mundo (2003 e 2007), campeão olímpico (2004) Campeão da Copa dos Campeões (2005) campeão mundial (2006), campeão pan-americano (2007), medalha de prata na Olimpíada (2008) e bicampeão da Copa América (1998 e 1999).

O central ainda passou por diversos times no Brasil, como Frangosul, Ulbra, Minas, Unisul, Medley Campinas e, atualmente, defende o Vôlei Brasil Kirin. Conquistou o título da Superliga cinco vezes (1993/1994, 1997/1998, 1998/1999, 1999/2000 e 2003/2004). Além disso, permaneceu quatro anos no vôlei italiano.

Confira o pronunciamento completo:

"Tinha planos de jogar até os 40 anos. Porém, em 2012, comecei a sentir uma lesão na articulação esternoclavicular que me limitou muito já na temporada passada. Neste ano, com a chegada importante da Brasil Kirin como patrocinadora do nosso projeto em Campinas, tive a possibilidade de jogar por mais um ano e tentar minimizar as limitações provocadas pela lesão. Fiz de tudo para que isso acontecesse, com ajuda de médicos, fisioterapeutas, medicamentos e tratamentos alternativos. A lesão me deu uma ‘trégua’ em alguns momentos e pude jogar alguns jogos. Mas, em outros, ela voltou com força e me limitou ainda mais. Não posso ir em frente assim, pois minha qualidade de vida já está sendo afetada.

A lesão se tornou somente um detalhe na minha decisão, um sinal. Estou com 38 anos e agora parto para outros caminhos. Quero permanecer no esporte, certamente. Gosto muito da área da gestão esportiva e dos bastidores do esporte de alto rendimento. Pretendo terminar o quanto antes a faculdade e me capacitar para, quem sabe, exercer uma nova função no meio esportivo. Também tenho projetos pessoais que quero colocar em prática. Tenho muito a agradecer a todos que me ajudaram em todos esses anos de profissão, principalmente minha família, meus pais, irmãs, esposa e filha"

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