Caju sonha em ficar no Santos e ajudar mãe doméstica e pai agricultor

Anderson, Vagner Love,Neto e Helton (Fotos: Arquivo LANCE!)
Anderson, Vagner Love,Neto e Helton (Fotos: Arquivo LANCE!)

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O garoto Caju, de 19 anos, imaginava que teria que enfrentar desafios e passar por diversas etapas até ter brilhar como jogador profissional, só não esperava que isso aconteceria tão rápido.

Após ter uma sequência de quatro jogos como titular no Santos, já que Mena estava servindo à seleção chilena, o lateral-esquerdo teve motivos de sobra para comemorar quando recebeu a notícia, na tarde da última quinta-feira, de que foi convocado para a Seleção Brasileira sub-20, para disputar o Torneio Sul-Americano, em janeiro, no Uruguai.

– Eu nem esperava nada, fiquei sabendo pelos meus amigos, que me avisaram no Whatsapp (aplicativo de mensagens para celular). Foi chegando um monte de mensagens. Eu tinha saído do treino, estava em casa. Agradeci muito, liguei para os meus pais na mesma hora – contou o camisa 3, ao LANCE!Net.

Embora as coisas na vida de Caju estejam acontecendo rapidamente em 2014, ele ainda não está totalmente realizado na vida. Mesmo com todas as boas notícias, o Menino da Vila revela que seu maior objetivo no momento é dar uma vida melhor para seus pais. Atualmente, a mãe de Caju trabalha como empregada doméstica na cidade de Altair, no interior paulista, e o pai, na colheita de laranja.

– Meu sonho é tirá-los de lá, dar uma vida melhor, sustentá-los...

Recém-promovido da base, Caju passou a ter destaque na imprensa e reconhecimento da torcida, mas sem benefícios financeiros. O contrato do jogador acaba no fim do ano que vem e até agora os empresários dele não foram procurados para renovar. Contudo, a aposta santista tem planos para seguir no Peixe e voar ainda mais alto.

– Pretendo renovar meu contrato, seguir aqui e fazer minha história no Santos. Vai dar tudo certo!

Bate-bola com Caju, ao LANCE!Net:

Você já visitou algum outro país ou a ida para o Uruguai será a sua primeira viagem ao exterior?
Vai ser a minha primeira viagem internacional, sim. Nem caiu a ficha ainda, estou feliz. Mas até lá aprendo a falar um pouco de espanhol (risos).

Depois que subiu para o profissional, você achou que teria tantas chances, como está tendo agora?
Eu subi com o Oswaldo (de Oliveira) no comando e o Enderson (Moreira) chegou e me aproveitou. Quando eu treinava no sub-20 eu me perguntava quando estaria ali no time de cima. Aí cheguei no banco. Ali eu vi que poderia sim chegar e me adaptar.

Você vai para a Seleção com o Gabriel. Já falou com ele?
Já conversamos, sim. Nós fizemos algumas brincadeiras, zoamos um ao outro. Eu falei que chegou a nossa hora. Agora é abraçar e não soltar mais. Aproveitar ao máximo.

Acha que mais gente do Santos merecia ir para a Seleção sub-20?
Achar eu acho, mas é com o (Alexandre) Gallo. Acho que o Serginho também merecia, ele deveria estar com a gente. Gosto do futebol dele, define o jogo. Mas esse tipo de decisão é com o professor Galo.

Acredita que é difícil encontrar bons laterais no Brasil?
Eu vejo que no Brasil muitos jogadores são revelados, tem muitos laterais, nos dois lados. A questão é adaptação...

O fato de a base do Santos ser badalada ajuda ou atrapalha?
Ah, para mim a base do Santos é muito boa, se não for a melhor, é uma das melhores. Tenho muito orgulho de ter saído de lá e vejo que muitos ainda vão continuar sendo revelados ali.

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