Brasileiro de ginástica começa com soberania do Flamengo ameaçada

Daniele Hypolito (Foto: Rodolfo Buhrer)
Daniele Hypolito (Foto: Rodolfo Buhrer)

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O Campeonato Brasileiro de Ginástica começa nesta quinta-feira (1), em Vitória (ES), no Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, já com uma certeza: o Flamengo vai enfrentar dificuldades para repetir a soberania apresentada em 2012 na competição. Um dos candidatos a roubar a cena é o Cegin-PR, que estará apenas na disputa feminina.

A equipe de Curitiba conta com atletas que brilhararam pelo Flamengo, como Daniele Hypolito, Lorrane Santos e Jade Barbosa - esta não vai disputar o Brasileiro por conta de uma lesão. As três se transferiram para o Cegin após serem demitidas pelo Rubro-Negro, que anunciou que não teria condições de manter o alto investimento na modalidade.

Dez vezes campeã brasileira, Daniele vai disputar a competição pela primeira vez após deixar a equipe carioca, que defendeu por 19 anos. Ela, porém, ainda não sabe como será seu desempenho, já que acabou de se recuperar de um estiramento na panturrilha.

- Quero ajudar a equipe do Cegin e contribuir com tudo o que eu puder neste Brasileiro. Eu acabei de mudar de clube, é um ambiente diferente. Vou tentar fazer o meu melhor. Minha experiência conta muito, mas eu estou retornando de lesão e não sei se vou conseguir pódio - disse, ao LANCE!Net, a ginasta de 28 anos e da Seleção Brasileira.

Além da veterana, o Cegin ainda conta com nomes promissores da ginástica feminina do país, como Lorrane e Mariana Oliveira, que conseguiram medalhas importantes em torneios júnior na Rússia este ano. Mesmo assim, Daniele não aposta em uma hegemonia do clube paranaesnse.

- A disputa vai ser boa. O que difere é que, no ano passado, eles (Flamengo) tinham as principais do Brasil. Este ano é o Cegin quem tem as melhores. As duas equipes são boas e acredito em um domínio dos dois clubes. Este ano o Fla tem a Rebeca como nome forte - disse a ex-atleta flamenguista, se referindo a Rebeca Andrade, de 14 anos, que assim como Lorrane, 16, é promessa do Brasil para a Olimpíada.

A disputa do Brasileiro ainda servirá como avaliação para o Mundial de ginástica, que será disputado na cidade de Antuérpia, na Bélgica, entre 30 de setembro e 6 de outubro. Os principais atletas ainda vão aproveitar o torneio para se prepararem para o Pan-Americano por Aparelhos, que começará dois dias após o fim do Brasileiro, no dia 6 de agosto, em Porto Rico.

No Masculino, destaques disputam individualmente

Após o Flamengo divulgar a dispensa dos principais atletas e manter praticamente apenas as divisões de base, alguns destaques da ginástca seguem sem clube. Caio Souza, Diego Hypolito, Pétrix Barbosa e Sérgio Sasaki, todos ex-Fla, vão participar do Brasileiro de forma avulsa, sem clube. Por conta disso, eles não vão estar na briga por medalhas.

- Não vou disputar na verdade. Eu vou apenas participar porque serve de avaliação para o Mundial. Até porque, não deixa de ser uma preparação para o Pan-Americano também - disse, ao L!Net, Diego, que no Pan-Americano estará a serviço da Seleção Brasileira.

Nomes importantes do Brasil como o medalhista olímpico Arthur Zanetti, do Serc-SP, e Péricles Silva, do Pinheiros-SP, estarão na disputa do Brasileiro com seus clubes. Assim como o Cegin, o Flamengo não tem atletas inscritos no masculino.

Flamengo dominou Campeonato Brasileiro de 2012

A última edição do Campeonato Brasileiro de ginástica, em 2012, em Goiânia (GO), contou com uma soberania do Flamengo, que venceu a disputa por equipes. No feminino, Jade Barbosa, à época do Fla, foi a campeã no individual geral, com Ethiene Franco, do Cegin, em segundo. O Rubro-Negro ainda teve todas as representantes no pódio de duas provas.

No salto, Jade venceu, seguida por Rebeca Andrade e Letícia Costa no pódio, todas do Fla, e no solo Rebeca foi a melhor, com Lorrane Santos e Julie Sinmon, ambas da equipe carioca, completando o pódio. Nas paralelas, Jade foi a vencedora e Rebeca a segunda colocada, enquanto na trave Lorrane foi a primeira, com Jade em segundo.

E no masculino não foi muito diferente. Sérgio Sasaki, que era do Flamengo, foi o vencedor geral e ainda foi o melhor no salto, nas paralelas e na barra fixa. Também pelo Fla, que ano passado não contou com Diego Hypolito - o atleta se recuperava de lesão -, Caio Souza ainda foi bronze no salto.

No masculino, porém, o Rubro-Negro teve a concorrência do Serc-SP, equipe de Arthur Zanetti, que foi ouro nas argolas, e Francisco Barreto, ouro no cavalo com alças. O Serc-SP acabou ficando com a melhor colocação entre as equipes.

BATE-BOLA
Daniele Hypolito
Ginasta da Seleção Brasileira e do Cegin-PR

LANCE!Net: Você não conseguiu pódios ano passado em Goiânia, mas chegou a ajudar o Flamengo na disputa por equipes.

Daniele Hypolito: Ano passado eu não pude brigar por medalhas porque me machuquei. Antes ainda disputei paralela e ajudei o Flamengo a vencer por equipes.

L!Net: Enfrenta o Brasileiro como um desafio a mais antes do Mundial, que é um desafio de extrema impotância?

DH: Eu estou inscrita no Mundial. Ainda tem o Pan-Americano em Porto Rico, que é semana que vem. O Brasileiro e o Pan são os principais testes para o Mundial e lá em Porto Rico vamos ver muita gente da América que vai estar na Bélgica.

L!Net: Como está o seu retorno após a lesão?

DH: Estou voltando de lesão agora só, tanto que no treino da Seleção Brasileira, em Três Rios (RJ), recentemente, eu nem pude praticar muito por conta da recuperação. Eu fui porque faço parte da equipe nacional, mas não estava podendo forçar nada.

L!Net: Como vê essas jovens ginastas para este Brasileiro?

DH: As mais novas estão indo muito bem, a Lorrane agora também está pelo Cegin. Comparado ao ciclo passado, este está ótimo com as jovens, o Fla tem a Rebecca (Andrade), Milena (Theodoro), e nós aqui em Curitiba temos muitas jovens boas. Precisamos ter paciência para analisá-las nestes torneios e ver realmente quem são as que vão ficar até 2016. Até porque muitas não conseguem suportar a pressão durante o ciclo e abandonam.

L!Net: Como está a expectativa para disputar o campeonato nacional sem vestir a roupa do Flamengo?

DH: Há toda uma expectativa este ano, principalmente após eu ter sido mandada embora pelo clube que defendi por 19 anos. Vamos ver como vai ser a reação do público, que está acostumado a me ver com a roupa do Flamengo.

L!Net: E como vê o seu irmão para este Brasileiro?

DH: Assim como alguns, ele vai disputar avulso. É muito chato isso, porque depois ninguém vai lembrar se eles competirem bem, porque vão disputar sem clube e não terão os nomes nos papéis. Ou seja, muitos vão olhar depois e perguntar "como eles competiram bem se nem estão na papelada do campeonato?".

O Campeonato Brasileiro de Ginástica começa nesta quinta-feira (1), em Vitória (ES), no Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, já com uma certeza: o Flamengo vai enfrentar dificuldades para repetir a soberania apresentada em 2012 na competição. Um dos candidatos a roubar a cena é o Cegin-PR, que estará apenas na disputa feminina.

A equipe de Curitiba conta com atletas que brilhararam pelo Flamengo, como Daniele Hypolito, Lorrane Santos e Jade Barbosa - esta não vai disputar o Brasileiro por conta de uma lesão. As três se transferiram para o Cegin após serem demitidas pelo Rubro-Negro, que anunciou que não teria condições de manter o alto investimento na modalidade.

Dez vezes campeã brasileira, Daniele vai disputar a competição pela primeira vez após deixar a equipe carioca, que defendeu por 19 anos. Ela, porém, ainda não sabe como será seu desempenho, já que acabou de se recuperar de um estiramento na panturrilha.

- Quero ajudar a equipe do Cegin e contribuir com tudo o que eu puder neste Brasileiro. Eu acabei de mudar de clube, é um ambiente diferente. Vou tentar fazer o meu melhor. Minha experiência conta muito, mas eu estou retornando de lesão e não sei se vou conseguir pódio - disse, ao LANCE!Net, a ginasta de 28 anos e da Seleção Brasileira.

Além da veterana, o Cegin ainda conta com nomes promissores da ginástica feminina do país, como Lorrane e Mariana Oliveira, que conseguiram medalhas importantes em torneios júnior na Rússia este ano. Mesmo assim, Daniele não aposta em uma hegemonia do clube paranaesnse.

- A disputa vai ser boa. O que difere é que, no ano passado, eles (Flamengo) tinham as principais do Brasil. Este ano é o Cegin quem tem as melhores. As duas equipes são boas e acredito em um domínio dos dois clubes. Este ano o Fla tem a Rebeca como nome forte - disse a ex-atleta flamenguista, se referindo a Rebeca Andrade, de 14 anos, que assim como Lorrane, 16, é promessa do Brasil para a Olimpíada.

A disputa do Brasileiro ainda servirá como avaliação para o Mundial de ginástica, que será disputado na cidade de Antuérpia, na Bélgica, entre 30 de setembro e 6 de outubro. Os principais atletas ainda vão aproveitar o torneio para se prepararem para o Pan-Americano por Aparelhos, que começará dois dias após o fim do Brasileiro, no dia 6 de agosto, em Porto Rico.

No Masculino, destaques disputam individualmente

Após o Flamengo divulgar a dispensa dos principais atletas e manter praticamente apenas as divisões de base, alguns destaques da ginástca seguem sem clube. Caio Souza, Diego Hypolito, Pétrix Barbosa e Sérgio Sasaki, todos ex-Fla, vão participar do Brasileiro de forma avulsa, sem clube. Por conta disso, eles não vão estar na briga por medalhas.

- Não vou disputar na verdade. Eu vou apenas participar porque serve de avaliação para o Mundial. Até porque, não deixa de ser uma preparação para o Pan-Americano também - disse, ao L!Net, Diego, que no Pan-Americano estará a serviço da Seleção Brasileira.

Nomes importantes do Brasil como o medalhista olímpico Arthur Zanetti, do Serc-SP, e Péricles Silva, do Pinheiros-SP, estarão na disputa do Brasileiro com seus clubes. Assim como o Cegin, o Flamengo não tem atletas inscritos no masculino.

Flamengo dominou Campeonato Brasileiro de 2012

A última edição do Campeonato Brasileiro de ginástica, em 2012, em Goiânia (GO), contou com uma soberania do Flamengo, que venceu a disputa por equipes. No feminino, Jade Barbosa, à época do Fla, foi a campeã no individual geral, com Ethiene Franco, do Cegin, em segundo. O Rubro-Negro ainda teve todas as representantes no pódio de duas provas.

No salto, Jade venceu, seguida por Rebeca Andrade e Letícia Costa no pódio, todas do Fla, e no solo Rebeca foi a melhor, com Lorrane Santos e Julie Sinmon, ambas da equipe carioca, completando o pódio. Nas paralelas, Jade foi a vencedora e Rebeca a segunda colocada, enquanto na trave Lorrane foi a primeira, com Jade em segundo.

E no masculino não foi muito diferente. Sérgio Sasaki, que era do Flamengo, foi o vencedor geral e ainda foi o melhor no salto, nas paralelas e na barra fixa. Também pelo Fla, que ano passado não contou com Diego Hypolito - o atleta se recuperava de lesão -, Caio Souza ainda foi bronze no salto.

No masculino, porém, o Rubro-Negro teve a concorrência do Serc-SP, equipe de Arthur Zanetti, que foi ouro nas argolas, e Francisco Barreto, ouro no cavalo com alças. O Serc-SP acabou ficando com a melhor colocação entre as equipes.

BATE-BOLA
Daniele Hypolito
Ginasta da Seleção Brasileira e do Cegin-PR

LANCE!Net: Você não conseguiu pódios ano passado em Goiânia, mas chegou a ajudar o Flamengo na disputa por equipes.

Daniele Hypolito: Ano passado eu não pude brigar por medalhas porque me machuquei. Antes ainda disputei paralela e ajudei o Flamengo a vencer por equipes.

L!Net: Enfrenta o Brasileiro como um desafio a mais antes do Mundial, que é um desafio de extrema impotância?

DH: Eu estou inscrita no Mundial. Ainda tem o Pan-Americano em Porto Rico, que é semana que vem. O Brasileiro e o Pan são os principais testes para o Mundial e lá em Porto Rico vamos ver muita gente da América que vai estar na Bélgica.

L!Net: Como está o seu retorno após a lesão?

DH: Estou voltando de lesão agora só, tanto que no treino da Seleção Brasileira, em Três Rios (RJ), recentemente, eu nem pude praticar muito por conta da recuperação. Eu fui porque faço parte da equipe nacional, mas não estava podendo forçar nada.

L!Net: Como vê essas jovens ginastas para este Brasileiro?

DH: As mais novas estão indo muito bem, a Lorrane agora também está pelo Cegin. Comparado ao ciclo passado, este está ótimo com as jovens, o Fla tem a Rebecca (Andrade), Milena (Theodoro), e nós aqui em Curitiba temos muitas jovens boas. Precisamos ter paciência para analisá-las nestes torneios e ver realmente quem são as que vão ficar até 2016. Até porque muitas não conseguem suportar a pressão durante o ciclo e abandonam.

L!Net: Como está a expectativa para disputar o campeonato nacional sem vestir a roupa do Flamengo?

DH: Há toda uma expectativa este ano, principalmente após eu ter sido mandada embora pelo clube que defendi por 19 anos. Vamos ver como vai ser a reação do público, que está acostumado a me ver com a roupa do Flamengo.

L!Net: E como vê o seu irmão para este Brasileiro?

DH: Assim como alguns, ele vai disputar avulso. É muito chato isso, porque depois ninguém vai lembrar se eles competirem bem, porque vão disputar sem clube e não terão os nomes nos papéis. Ou seja, muitos vão olhar depois e perguntar "como eles competiram bem se nem estão na papelada do campeonato?".

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