Brasil perde para a Polônia e fica ameaçado na Liga Mundial

Pontos cegos cobertos (Foto:  Valdomiro Neto)
Pontos cegos cobertos (Foto: Valdomiro Neto)

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Já é possível afirmar que a classificação à fase final da Liga Mundial de Vôlei é um sonho distante para a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei. Nesta sexta-feira, o objetivo ficou ainda mais difícil de ser alcançado, após nova derrota dos comandados de Bernardinho no torneio, para a Polônia, por 3 sets a 1, parciais de 25-20, 25-21, 28-30 e 25-20, em Cracóvia (POL).

Com oito pontos, o Brasil passa a ser o lanterna do Grupo A, já que, no mesmo dia, o Irã venceu a Itália, foi para dez e subiu para a terceira colocação. A Polônia, com 11, está em segundo, enquanto os italianos seguem com 19. Brasileiros e poloneses voltam a se enfrentar neste domingo, às 14h30 (de Brasília), no mesmo local. Vale lembrar que Polônia e Irã têm um jogo a menos que Brasil e Itália.

O destaque da partida foi o oposto polonês Konarski, responsável por 21 acertos. Pelo Brasil,o ponteiro Lucarelli, com 15, foi quem mais marcou. Lipe, que saiu do banco e entrou no terceiro set, também apareceu bem, com 10. Mas nem as mudanças de Bernardinho, que também mandou para o jogo o levantador Rapha e o oposto Leandro Vissotto, mudaram o desfecho.

Os reservas apenas evitaram um vexame ainda maior, já que fizeram a diferença no terceiro set e comandaram uma reação. Ao todo, o Brasil cedeu 34 pontos em erros, contra 25 dos poloneses. Só no bloqueio os brasileiros levaram vantagem: 10 a 8.

O JOGO

Do outro lado da quadra, havia uma Polônia mais forte do que nas partidas da etapa de Maringá (PR), quando o Brasil somou uma vitória e uma derrota. O primeiro set mostrou uma Seleção disposta a deixar a má fase de lado, mas ainda pouco eficaz no saque. Os poloneses se aproveitaram da força da torcida, que fez barulho no novo ginásio, e comprovaram seu melhor momento ao vencer por 25-20.

No segundo set, a Seleção conseguiu chegar à primeira parada técnica em vantagem de 8-6. Nos bons ataques de Wallace, a segurança parecia presente no lado verde-e-amarelo. A equipe chegou a estar vencendo por 15-11. Mas, mesmo mantendo a disputa equilibrada até o final do set, os erros voltaram a aparecer. A virada de bola estagnou, e os poloneses cresceram nos contra-ataques. No fim, abriram 2 a 0, com 25-21, após um saque forte mal dominado por Lucarelli.

O momento era de esquecer as chances matemáticas de classificação e tentar resgatar na raça um pouco do Brasil vitorioso dos últimos tempos. Se as dificuldades persistiam, ao menos a Seleção mudou a estratégia e passou a jogar a responsabilidade para os poloneses em vez de forçar os erros. O clima melhorou, com Rapha, Vissotto e Lipe em quadra. O oposto acertou a mão na hora certa. Lucão também deixou sua marca com dois pontos de saque.

Mas os brasileiros ainda teriam um longo caminho a percorrer. Entre erros e acertos, o time cedeu o empate e perdeu o controle que conseguira na parcial. Lipe foi o destaque da Seleção. Ele até fez o ponto mais comemorado, mas os donos da casa pediram desafio, que detectou toque na rede brasileiro no lance e prolongou a angústia. Porém, ninguém se abateu. Em um saque de Lucarelli no corredor, o time respirrou, fazendo 30-28.

Porém, o bom momento durou pouco. No quarto set, a Seleção voltou a apresentar problemas, como na recepção dos saques flutuantes. A Polônia, mais concentrada, retomou seu poder ofensivo e não teve dificuldade para fechar a partida, após um ataque de Wrona pelo meio, fazendo 25-20.

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