Arena Corinthians avança após acordo, mas ainda mantém indefinições

Thiago Silva comemora com o troféu da Copa das Confederações (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP)
Thiago Silva comemora com o troféu da Copa das Confederações (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP)

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Menos de um mês após o acidente que vitimou dois operários nas obras da Arena Corinthians, a investigação ainda não apresentou respostas conclusivas. Nesta sexta-feira, no entanto, o guindaste que desabou no último dia 27 deve ter seus escombros retirados para que seja feita a liberação dos 5% da obra interditados desde a data do ocorrido, retomando o ritmo natural da construção do estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014.

Apesar de o ambiente já ser diferente, mais leve, no canteiro de obras da Arena Corinthians, alguns pontos se mantêm sem conclusão, como as causas do desabamento do guindaste, em investigação pela Polícia Civil, pelo Instituto de Criminalística e pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e o pagamento de indenizações às famílias dos operários Fábio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira, que faleceram naquela oportunidade.

- Quem trata desse assunto de indenização somos nós (Ministério do Trabalho e Emprego) e o Ministério Público. Ainda tem uma série de processos para resolver, mas certamente será uma grande indenização - afirmou Luiz Antônio de Medeiros, superintendente regional do MT, durante assinatura do acordo firmado entre o órgão e a Odebrecht, construtora responsável pela obra, que agora precisará findar as horas extras dos funcionários e contratar mais 80 funcionários.

Além das indenizações, o caso da Arena Corinthians precisa de novas soluções em relação às causas do acidente. O operador de guindaste José Walter Joaquim, que prestou depoimento ao delegado Luiz Antônio da Cruz, do 65º Distrito Policial, afirmou que não houve falha humana, mas a investigação segue em curso. A perícia do guindaste, com previsão de divulgação para 30 dias, e a análise do solo, já sendo processada pelo IPT, devem dar novos rumos ao inquérito policial.

- A Odebrecht foi procurada pelo Ministério e se dispôs a ouvir as nossas propostas. Nada estava em desacordo com as regras de segurança, mas ocorreu um fato. O Ministério agora tomou providências para se precaver, tanto que a Odebrecht já havia tomado multas por horas extras. A obra é fiscalizada desde o início, e logo teremos futebol ganhando espaço por aqui - afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que participou da vistoria de quinta-feira.

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