Árbitro que não relatou racismo contra Tinga fica sem punição da Conmebol

Torcida do Atlético-MG prepara festa para aniversário do clube (Foto: Divulgação)
Torcida do Atlético-MG prepara festa para aniversário do clube (Foto: Divulgação)

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Não foi só a aplicação de multa de US$ 12 mil pelo racismo da torcida do Real Garcilaso contra Tinga que deixou a impressão de impunidade por parte da Conmebol. A postura branda passou também pela Comissão de Arbitragem da entidade.

O árbitro venezuelano, José Argote, que não relatou na súmula os sons de macaco emitidos pela torcida peruana, não sofreu uma sanção sequer. O comando do departamento teve apenas uma conversa mais dura com ele, pedindo que tenha mais atenção para o que ocorre fora das quatro linhas.

– Primeiro quero dizer que ainda não fazia parte da Comissão quando isso ocorreu. Além disso, o árbitro também é negro, se alguém pensa que ele deixou de relatar alguma coisa intencionalmente. Foi sim conversado com o árbitro para ter mais atenção, porque às vezes ele fica muito focado no jogo e algumas coisas fora do campo passam batidas. Isso realmente aconteceu. Mas entendo que uma punição independe do relato na súmula. Chamamos a atenção de todos os árbitros para ficar de olho fora do campo. Esse é o papel da comissão – explicou ao LANCE!Net Wilson Luiz Seneme, representante brasileiro na Comissão.

Apesar de ter havido uma pena a despeito da desatenção da arbitragem, a falta de descrição da situação na súmula atrasou muito a resolução do caso. Os membros do Tribunal Disciplinar da Conmebol precisaram correr atrás de vídeos do ocorrido para embasar a acusação. Além disso, a postura dos jogadores peruanos, que se desculparam pelo comportamento da torcida, também “denunciou” que algo de errado ocorrera.

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