Após demissão, Caio Júnior critica diretoria do Criciúma


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Caio Júnior falou sobre sua demissão do Criciúma. Nesta quarta-feira, em entrevista ao programa 'Arena SporTV', o ex-treinador do Tigre, destacou os motivos de sua saída do clube catarinense. Após dez jogos pelo Tigre - somando três vitórias, um empate e seis derrotas -, ele fora substituído por Wagnér Lopes no comando do Tricolor.

- Infelizmente pesaram os dois resultados (derrotas nos dois primeiros jogos do Brasileirão). Totalmente incoerente e incompreensível porque fui contratado para montar uma equipe para o Brasileiro. No futebol não se consegue ter uma linha. Eu sou o sexto treinador em pouco mais de um ano. Quando cheguei aqui perguntei quantos jogadores haviam da temporada passada e me disseram que eram apenas dois. Tem que ter sequência. Eu me propus a fazer isso para o clube, coloquei meu nome a favor do clube e me colocaram numa situação que a gente lamenta. Mas é vida que segue e vou torcer para que o torcedor do Criciúma tenha uma clube, no futebol, mais organizado.

O técnico elogiou alguns profissionais do clube, contudo, também se ateve as criticas. Ele chegou a sugerir que o presidente do Criciúma, Antenor Angeloni, não entende de futebol, visto que o dirigente é um empresário do ramo supermercadista em Santa Catarina:

- O mais importante em momento de crise é contorná-la e seguir o trabalho, desde que você acredite no trabalho. Temos profissionais como Anderson Barros, Ocimar Bolicenho, o (Felipe) Ximenes, o Rodrigo Caetano. São os que eu me lembro agora, de alto nível, que sentam para conversar e discutir o futebol. Infelizmente, no Criciúma, quem dirige o futebol não é uma pessoa do futebol. Então não dá para conversar sobre futebol.

Além disso, Caio Júnior se queixou da forma como o seu trabalho foi analisado. Ele reforçou a necessidade de se ter um sequência maior a frente de um clube e citou, como exemplo, a rival Chapecoense, do técnico Gilmar Dal Pozzo:

- Não é fácil, não pode planejar. Nossa análise e avaliação é sempre do último jogo. E se ganhar, o que vale é o próximo jogo. O técnico está sempre na berlinda, sempre tendo que provar a cada jogo. Analisa-se pouco o trabalho, isso está se perdendo. É aí que tem que ter pessoas do ramo para analisar o que está sendo feito. Cito o exemplo da Chapecoense, que não se classificou para a final do Estadual, mas está na Série A e seguindo uma linha do treinador (Gilmar Dal Pozzo). Tem que ter convicção no trabalho - finalizou.

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