Anistia Internacional denuncia exploração de trabalhadores no Qatar

Cerca de 20 torcedores prestigiaram o treino na Universidade Internacional da Flórida (FIU). O público não tinha tido acesso durante a semana.
Cerca de 20 torcedores prestigiaram o treino na Universidade Internacional da Flórida (FIU). O público não tinha tido acesso durante a semana.

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A Anistia Internacional denunciou nesta segunda-feira a exploração de trabalhadores no Qatar. A entidade pediu que o país aproveite a Copa do Mundo de 2022 para demonstrar respeito pelos direitos humanos.

Em um relatório de 169 páginas, a Anistia Internacional aponta que alguns trabalhadores são tratados como "animais". A palavra foi citada, inclusive, pelo diretor de uma construtora que atua no Qatar para falar sobre os funcionários.

A entidade pede que a Fifa pressione o governo do Qatar para melhorar as condições de trabalho dos operários estrangeiros. O país árabe, por sua vez, garantiu que incluirá o relatório na investigação que abriu sobre a exploração de mão-de-obra imigrante.

- Nossas conclusões apontam um nível alarmante de exploração no setor da construção civil no Qatar. Não existe desculpa para tantos trabalhadores imigrantes serem explorados sem piedade e sejam privados de seus salários em um dos países mais ricos do mundo - disse o secretário-geral da Anistia, Salil Shetty.

Entre as denúncias, que foram trazidas a público inicialmente pelo diário inglês "The Guardian", estão o não pagamento de salários, jornadas de trabalho exaustivas e condições de alojamento sem o mínimo de higiene.

Segundo a Anistia Internacional, um grande hospital de Doha recebeu mais de mil pessoas desde 2012. Elas foram internadas na unidade de traumatologia vítimas de quedas no trabalho. Destes, 10% ficaram com algum tipo de invalidez. Além disso, a taxa de mortalidade nas obras é significativa.

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