Amigos de longa data tentam dar bi continental ao Pinheiros

Basquete Babby Jonathan Tavemari (Foto: Reginaldo Castro)
Basquete Babby Jonathan Tavemari (Foto: Reginaldo Castro)

Escrito por

Atual campeão da Liga das Américas, o Pinheiros conta com dois amigos de longa data para tentar o bicampeonato continental no Final Four que será disputado entre sexta e sábado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. São eles o ala Jonathan Tavernari, de 26 anos, e Bábby, de 33.

Apesar de defenderem o mesmo clube pela primeira vez, os dois têm uma relação que extrapola as quatro linhas e começou há mais de uma década bem longe do Brasil, mais precisamente na pequena cidade de Provo, em Utah, nos Estados Unidos, no ano de 2003.

Tavernari conheceu Bábby na época em que o pivô era ídolo na Brigham Young University (BYU) e cotado como uma das principais escolhas do Draft da NBA, o que acabou ocorrendo no ano seguinte quando foi selecionado pelo Toronto Raptors na oitava posição.

Naquele tempo, Tavernari tinha 16 anos e cursava a High School (equivalente ao Ensino Médio brasileiro). Como a escola ficava ao lado de BYU e ele tinha o desejo de estudar e jogar pela universidade, se aproximou de Bábby e até passou uma semana na casa do pivô.

– Jogava basquete na high school e comecei a ser observado pela BYU. Tive a chance de ir conhecer a faculdade e aí me aproximei mais dele (Bábby). Fiquei uma semana na casa dele. Íamos treinar juntos, às seis da manhã. Ele me ajudou muito. O Bábby jogava muito pela BYU, e depois foi para a NBA e Seleção Brasileira. Ele se tornou um ídolo para mim por tudo que conseguiu depois de ralar tanto – disse Tavernari.

Desde aquele contato, cada um seguiu seu caminho. Bábby foi jogar até na Rússia antes de voltar ao Brasil, e Tavernari se tornou protagonista na BYU, na qual ficou até 2010, quando se formou em administração esportiva. Em 2008, tiveram um breve reencontro quando defenderam a Seleção Brasileira no Pré-Olímpico Mundial de Atenas. Na ocasião, o time nacional acabou sem a vaga na Olimpíada de Pequim.

No começo da temporada, para defender o Pinheiros, Tavernari voltou da Itália. Pouco depois, Bábby deixou o Mogi. Os destinos de ambos se cruzavam mais uma vez.

– Estou orgulho dele, pois se tornou um pai de família e um grande jogador. É bom saber que servi de inspiração – afirmou Bábby.

BÁBBY SOBRE TAVERNARI

"Fico feliz de ver o homem que ele se tornou. Não tem preço ter visto antes e hoje. É um pai de família, um cara de caráter, jogador profissional, um atleta que vai trazer muita alegria para nosso país"

"Apesar de termos ficado um tempo sem contato, sem nos falarmos, sempre o acompanhei e torci por seu sucesso"

TAVERNARI SOBRE BÁBBY

"Estou feliz por jogarmos juntos, é muito bom. Nos falamos direto, até fora dos treinos e jogos. O Bábby é como se fosse o meu irmão mais velho"

"Quando cheguei para jogar na BYU, ele já havia saído. Mas tomei tudo o que ele tinha feito como referência. Foi ele quem pôs a BYU no mapa"




DA BYU AO PINHEIROS

Bábby
Defendeu a BYU entre 2002 e 2004. No último ano, liderou a equipe em pontuação (18,4 por jogo), rebotes (10,1 por jogo), roubos (43) e tocos (25). Foi escolhido para a segunda seleção da NCAA, a liga americana de basquete universitário. Em 2004, foi escolhido pelo Toronto Raptors no Draft na NBA, na qual também passou pelo Utah Jazz. Defendeu ainda Spartak (RUS), Flamengo, Paulistano, Franca e Mogi.

Jonathan Tavernari
Após se formar na high school, defendeu a BYU entre 2006 e 2010. Durante os quatro anos, o time ficou entre os 25 melhores da NCAA. É considerado um dos melhores da história da universidade. Após deixar a BYU, foi para a Itália, onde passou por Pallacanestro Biela, Pistoia Basket e Scafati Basket até acertar com o Pinheiros, o seu primeiro clube profissional no basquete do Brasil.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter