Em alta, Natália busca repetir feito de 2013 e levar Rexona-Ades ao Mundial


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Uma ligação salvou a temporada da ponteira Natália. Após o fim do Vôlei Amil, em abril do ano passado, as opções no mercado ficaram escassas. Mas em maio veio a chance de voltar a defender o Rexona-Ades e tentar, além do título da Superliga, o bicampeonato do Sul-Americano de Clubes, que começa nesta quarta-feira. A equipe encara na estreia o Aragua Voleibol Club (VEN), às 21h30 (de Brasília), no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP).

A atleta não queria deixar o país, como fizeram a oposto Sheilla e a levantadora Fabíola, companheiras de Seleção, que aceitaram propostas de Turquia e Rússia, respectivamente, devido à falta de clubes que as bancassem. E mesmo com tudo encaminhado para ficar em São Paulo, o desejo era o Rio.

Boas lembranças do time carioca não faltam. Em 2013, Natália foi a melhor jogadora do torneio continental, quando o Rexona derrotou o Universidad César Vallejo (PER) por 3 a 0 e garantiu vaga no Mundial de Clubes – perderia o título para o VakifBank (TUR). O desafio é repetir a dose agora. Ou fazer até melhor.

– Eu estava voltando da lesão (passou por duas cirurgias para a retirada de um tumor benigno na canela esquerda). Nas finais da Superliga daquele ano, consegui ficar bem fisicamente. No Sul-Americano, já estava subindo degrauzinho por degrauzinho. Dessa vez estarei melhor – garantiu a atacante de 25 anos ao L!Net.

Na Superliga, o Rexona-Ades é o líder e única equipe invicta. Natália é a terceira melhor atacante, segundo as estatísticas da Confederação Brasileira de Vôlei, e oitava maior pontuadora, com 202 pontos. Feliz pela boa fase, a ponteira só é cautelosa quando o assunto é a Seleção.

– Estou recuperando meu jogo aqui no Rexona-Ades. Fazia tempo que não vinha jogando bem assim. A Olimpíada está aí, mas penso primeiro no meu crescimento para brigar por uma vaga – afirmou.

Tudo indica que o Rexona terá que jogar mais bola do que em 2013 para ir ao Mundial. Afinal, na outra chave está o Molico/Osasco. Este é o segundo ano seguido que o Sul-Americano conta dois times brasileiros. Ano passado, o Sesi-SP foi campeão ao bater o Molico, que entra na disputa por sediar o evento.

Natália e a levantadora Roberta durante partida do Rexona na Superliga (Foto: Divulgação)

Maior campeão, Molico vai tentar quinto título

Maior campeão do Sul-Americano de Clubes, com quatro conquistas, o Molico/Osasco começa a busca pela quinta taça a partir desta quarta, contra o Club Atletico Bohemios, às 19h30 (de Brasília), no José Liberatti. As comandadas de Luizomar de Moura faturaram o título continental nas edições de 2009, 2010, 2011 e 2012.

– Temos de estar extremamente concentradas. Sabemos da importância deste campeonato. Temos de entrar fortes e com seriedade para fazer um bom resultado para se preparar para as dificuldades que virão pela frente – afirmou a central Adenízia.

O torneio ainda terá uma curiosidade. Será a primeira vez que as equipes brasileiras jogarão com as novas regras implantadas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para as temporadas de 2015 e 2016.

Os times poderão relacionar 14 atletas, sendo obrigatoriamente duas líberos, e não será mais permitido encostar em nenhuma parte da rede que esteja entre as antenas.

– É complicado se adaptar a essa mudança de regra porque na Superliga nós ainda jogamos podendo encostar na parte inferior da rede – lembrou a levantadora Dani Lins.

BATE-BOLA

Natália

Ponteira do Rexona-Ades, ao L!Net

‘Enquanto eu puder, vou ficar aqui no Brasil. Se não tiver jeito, sairei’

Dá para almejar um novo prêmio de melhor jogadora este ano?
O prêmio de melhor jogadora é o de menos. Ninguém na equipe pensa em ser melhor do que as outras. Acontece naturalmente. Viemos de um jogo contra o Minas (na Superliga) em que eu não estava bem. A Régis entrou superbem, deu uma caída e eu voltei. Nosso time é isso. Todas se ajudando. Estamos bem unidas.

Espera mais dificuldades este ano, com a presença do Molico?
Acredito que até o nível das demais equipes esteja melhor. Vale vaga no Mundial. Será um caminho longo.

Por pouco você não ficou sem time. Pensa em ir para fora?
O máximo que eu puder ficar aqui no Brasil, perto dos meus amigos e da minha família, vou ficar. Não penso nisso agora, mas se surgir uma boa oportunidade e não tiver jeito, vou sair. Às vezes, a gente não tem opção. A Rússia tem um campeonato forte, a Turquia está crescendo. Seria ali pela Europa. Na Ásia também tem equipes boas, mas o centro é a Europa.

O SUL-AMERICANO

Grupo A
Molico/Osasco, San Martin de Porres (PER), Club Boston College (CHI) e Club Atletico Bohemios (URU)
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Grupo B
Rexona-Ades, San Francisco Xavier (BOL), Villa Dora (ARG) e Aragua Voleibol Club (VEN)

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Sistema de disputa
Os dois melhores de cada chave avançam à semifinal, sábado. A decisão acontecerá domingo. O campeão garante vaga no Mundial de Clubes, em Zurique (SUI), entre 5 e 10 de maio.
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Local
Ginásio José Liberatti, Osasco (SP)

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