Advogado que representou a Lusa se cala, mas sócio crê em erro do clube

Grêmio lança kit comemorativo aos 30 anos da conquista do Mundial de Clubes (Foto: Divulgação)
Grêmio lança kit comemorativo aos 30 anos da conquista do Mundial de Clubes (Foto: Divulgação)

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Apontado pela diretoria da Portuguesa como possível culpado pela utilização irregular do meia Héverton contra o Grêmio, no último domingo, o advogado Osvaldo Sestário, que representou o clube no julgamento de sexta-feira passada, só vai se pronunciar depois de conversar com a diretoria rubro-verde. Enquanto isso, seu sócio crê que o equívoco tenha sido da própria Lusa.

- Quando essa história afunilar, a corda vai ter que estourar para um dos lados. Não acredito que o Sestário, que trabalha há quase dez anos para a Portuguesa, de forma remunerada, tenha passado a informação errada para a diretoria do clube. Está lá no documento do STJD que a punição foi de dois jogos. Ele não disse para a diretoria que foi um só. Houve uma falha e acredito que não tenha sido dele - disse João Cláudio de Luca, sócio de Sestário na empresa Soccermidia, ao LANCE!Net.

De acordo com Roberto dos Santos, vice-presidente da Lusa, Osvaldo Sestário informou ao departamento jurídico do clube que a punição de Héverton havia sido de uma partida, já cumprida. O STJD, no entanto, documentou uma punição de dois jogos. O dirigente acredita que uma das partes errou ao comunicar o resultado do julgamento e salienta que a notificação do STJD chegou apenas na terça-feira, dois dias depois do duelo.

O clube vai solicitar a gravação do julgamento. Se ficar comprovado que a pena foi de duas partidas, Héverton não poderia ter atuado contra o Grêmio, o que acabou acontecendo. Dessa forma, o clube perderá três pontos pela irregularidade mais a pontuação obtida no jogo (um ponto). Com quatro pontos a menos, a Portuguesa seria rebaixada e salvaria o Fluminense.

SESTÁRIO E LUSA: RELAÇÃO DISTANTE

A Portuguesa tem seu departamento jurídico em São Paulo, mas é Osvaldo Sestário quem representa o clube no Rio de Janeiro, tanto na CBF quanto no STJD. Há quase uma década, a Lusa utiliza uma cota da CBF para pagar o profissional, que faz o mesmo serviço para diversas outras agremiações, principalmente das Séries B e C.

No dia do julgamento de Héverton, ele representou também o Atlético-PR, o Criciúma, o América-MG, o Icasa e o Santa Cruz. No caso da Portuguesa, é o advogado Valdir Rocha, em São Paulo, quem recebe o retorno de Sestário após a conclusão dos julgamentos.

Essa é basicamente a única relação entre clube e advogado terceirizado. Alguns membros da diretoria o conhecem apenas por Sestário e não sabem seu primeiro nome, mesmo com quase uma década de serviços prestados.


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