Adeus do ‘maior’: Klose é aplaudido de pé para dar lugar ao herói da Alemanha

Alemanha x Argentina - Klose (Foto: Gabriel Bouys/ AFP)
Alemanha x Argentina - Klose (Foto: Gabriel Bouys/ AFP)

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Mil gols só Pelé, como cantaram repetidas vezes os brasileiros aos argentinos fãs de Maradona. Mas só Klose jogou quatro Copas e fez 16 gols, marca que o fez ser aplaudido de pé ao ser substituído pelo herói Götze, o menino tão frio quanto o veterano que fez o gol do tetracampeonato alemão na prorrogação sobre a Argentina.

Os ídolos rivais viram in loco o camisa 11 voltar a disputar uma final de Copa do Mundo 4.396 dias depois da derrota da Alemanha para o Brasil, em 30 de junho de 2002.

No Maracanã que já foi palco do Rei, o alemão superou Pelé, que disputou duas finais no espaço de 4375 dias entre dos torneios de 1958 e 70.

O longo período, algo único em Copas, fez o mundo ver Klose chegar à nova decisão de Mundial pela primeira vez com a “coroa” de maior artilheiro das Copas – o caminho para os 16 gols ainda estava nos sete há 12 anos, em Yokohama.

Klose igualou a marca que era de Ronaldo no Brasil, a superou contra o Brasil e ganhou seu primeiro título mundial no Brasil. Ele, assim como a Alemanha, campeã do mundo de novo após 24 anos, não irá se esquecer tão cedo dos brasileiros.



O ponto de referência do ataque germânico não é brilhante, apesar de ter sido o único do time de branco a usar chamativas chuteiras laranjas. Tocou na bola, mal, pela primeira vez logo a um minuto. Encontrou dificuldades, com Demichelis sempre por perto, mesmo com a ajuda do ótimo ataque alemão. Não conseguiu alcançar as tentativas de assistências.

A disposição do mais velho jogador da Alemanha (36 anos) chamou atenção tanto quanto as chuteiras. Único remanescente do vice de 2002 (jogou 74 minutos naquela final), deu carrinho como um volante para ajudar a marcação na frente. Orientou, liderou, cabeceou só uma vez sem força contra Romero.

O quase certo adeus às Copas do maior artilheiro foi aos 42 minutos do segundo tempo. Aplaudido de pé por alemães e brasileiros. Sem gols na final. Com muitos na história. Miroslav Klose conseguiu o que mais queria justamente na edição em que fez menos gols. A partir deste domingo, porém, vai dormir duplamente no topo. Foram 280 minutos jogados em 2014: titular só na reta final (quartas, semi e final). Batam palmas para ele!


OS GOLS DE KLOSE COPA A COPA

2002: 5 gols - 7 jogos
2006: 5 gols - 7 jogos
2010: 4 gols - 5 jogos
2014: 2 gols - 5 jogos
TOTAL: 16 gols - 24 jogos

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