Academia LANCE! Pay per View pode equilibrar as forças no futebol brasileiro


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Um dos temas mais recorrentes no Brasil é a diferença nos valores que os clubes recebem pelos direitos de TV e o risco que isso possa causar um desequilíbrio de forças em nosso futebol.

A notícia recente divulgada pelo site da ESPN sobre quanto a Globo paga pelo Pay per View (PPV) dos clubes é uma indicação que é possível equilibrar um pouco as cotas da TV. De todo o contrato que abrange TV abeta, TV fechada, PPV e Internet, somente os assinantes do canal PFC geram uma remuneração variável para os clubes.

Quanto mais torcedores o clube tiver, mais ganha, já que a emissora faz pesquisas periódicas para definir o pagamento. O contrato destina R$ 300 milhões relativos ao PPV e o clube que mais fatura é o Flamengo R$ 45,5 milhões, seguido do Corinthians com R$ 38,4 milhões.

A dupla lidera pelo tamanho de suas torcidas, mas a distância para os demais, e principalmente os clubes que aparecem na sequência são um ótimo indicativo que o PPV pode alavancar o dinheiro da TV. Mesmo para clubes com torcidas menores e com valores de direitos de transmissão inferiores.

O terceiro colocado do ranking é o Cruzeiro que recebeu R$ 24,5 milhões e o quarto o Atlético-MG com R$ 23 milhões. A dupla mineira se beneficiou do ótimo desempenho e empolgação do seu torcedor em assinar o pacote dos jogos.

Os mineiros estão à frente de clubes com torcidas maiores como o São Paulo, Vasco da Gama e Palmeiras, por exemplo. Outro destaque é o Grêmio quinto no ranking com R$ 21,5 milhões, à frente do São Paulo que ficou em sexto com R$ 20,1 milhões, Vasco em sétimo com R$ 20 milhões, seguido de Palmeiras R$ 17,7 milhões e Fluminense R$ 17,4 milhões.

A mínima diferença nos valores recebidos pelo Fluminense e o Palmeiras comprovam essa tese. O time paulista tem 7% dos torcedores brasileiros, o carioca apenas 2%.

Além do desempenho em campo, há um potencial claro para crescer com ações efetivas de marketing para alavancar as vendas de PPV. Muitos clubes têm reais possibilidades para crescer. Este trabalho de aumentar o número assinantes dos pacotes pode trazer um maior equilíbrio nos valores totais recebidos da TV no Brasil.

Por exemplo, qual o potencial do São Paulo e Palmeiras em crescer em todo o interior do estado de São Paulo em vendas de PPV? O mesmo vale para o Vasco em diferentes estados do país.

Que o marketing de cada clube descubra caminhos de alcançar isso. Um maior equilíbrio das cotas de TV pode depender disso.

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