TIM 4G: Paulo Ricardo e a emoção pela revolução tricolor

Cantor conta histórias de sua paixão pelo Fluminense e agradece por homenagem 

Paulo Ricardo com a camisa do Fluminense
Paulo Ricardo fez show nas Laranjeiras para comemorar os 115 anos do Fluminense (Ralff Santos)

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Em 1986, no auge do sucesso do RPM, Paulo Ricardo pedia: “toquem o meu coração, façam a revolução”. Em 2009, a torcida do Fluminense adaptou os versos de Rádio Pirata para “vamos pra cima Fluzão, quero gritar campeão” e até hoje emociona o cantor e compositor, que é um autêntico torcedor TIM 4G, daqueles que sempre estão presentes e disponíveis quando o assunto é o Tricolor.

A versão que ganhou as arquibancadas nos jogos do Fluminense foi composta pelo movimento popular Legião Tricolor e logo de cara caiu no gosto da galera, pela letra fácil e pelo refrão que empurrou o time ao título do Campeonato Brasileiro de 2010 após 26 anos de jejum na competição. Fez tanto sucesso que até hoje é uma das mais cantadas pela torcida.

- Não consigo imaginar maior honraria para um compositor. Obrigado a todos que tornaram essa loucura possível! A minha relação com o Fluminense virou paixão quando a torcida adaptou Rádio Pirata como grito de guerra. É uma emoção indescritível – agradece o cantor.

Paulo Ricardo é daqueles torcedores que foram conquistados pelo Fluminense ainda garoto. O pai não ligava para futebol. Nas visitas que fazia à casa da avó paterna, em Laranjeiras, era levado pelos primos, tricolores fanáticos, a frequentar o clube. O Fluminense surgiu na vida dele quando um tio perguntou para quem ele torcia. Ele não sabia nem o que dizer e perguntou para os familiares. Com a resposta unânime a favor do Fluzão, estava escolhido o time do menino.

O garoto cresceu e foi tomando gosto pela coisa. Quando ele tinha dez anos, o pai, militar, foi transferido. Brasília, Florianópolis, São Paulo... Mas quando ele voltava ao Rio, batia ponto nas Laranjeiras e no Maracanã, onde muitas vezes viu a Máquina Tricolor brilhar. Rivellino, Paulo César Caju, Carlos Alberto Torres, Edinho, Félix, Doval... O bicampeonato estadual, em 1975/76, foi visto pela televisão. Mesmo longe, ele não esquecia o Fluzão.

- Seu time, principalmente no Brasil, define quem você é: cores, história, perfil. Minha avó paterna morava em Laranjeiras, então o Fluminense era uma enorme influência, sob todos os aspectos. E, com o tempo, estas características parecem estreitar os laços. É muito interessante, até do ponto de vista antropológico – filosofa o cantor, que promete não ser tão neutro quanto o pai na escolha do time dos três filhos.

Um pouco da saudade que ele sentia era solucionada através dos botões. O goleiro Félix, o craque Rivellino e o paraguaio Romerito - que chegou ao clube em 1984 para dar o título brasileiro ao Fluminense -, eram os preferidos. Em 1982, aos 20 anos, foi morar em Londres, de onde escrevia uma coluna musical para a revista Som Três e atuava como jornalista.

- Hoje é fácil morar fora do Brasil e acompanhar tudo sobre um time. Mas quando morei em Londres era como se estivesse em outro planeta - relembra.

Naquela época, Paulo Ricardo já estava mais ligado em outra de suas paixões, a música. Na volta ao Brasil, montou o RPM e logo virou sucesso. Ficou famoso e, sempre que podia, falava sobre o Fluminense. A carreira com o grupo e, posteriormente, solo fazia com que a ida aos jogos do time se tornasse rara. Em uma das muitas viagens que fez, teve de ver a decisão do Estadual de 1995, contra o Flamengo, de longe.

- Um dos momentos mais marcantes da história recente do Fluminense, o gol de barriga do Renato Gaúcho, vi pela televisão. Aliás, um motorista de táxi me confundiu com ele outro dia – diverte-se o cantor com a comparação.
Em 2008, foi convidado pela Rede Globo para gravar o hino do Fluminense, numa forma de promover a decisão da Copa Libertadores, contra a LDU, do Equador. A perda do título nos pênaltis, em pleno Maracanã, fez Paulo Ricardo repensar algumas coisas:

- Entrei em depressão quando perdemos a Libertadores, fiquei dias sem sair de casa. Achei que era pé-frio por ter gravado o hino.

A cisma logo passou, tanto que em 2012 ele voltou a cantar “sou tricolor de coração, sou do clube tantas vezes campeão...” para um CD distribuído pela revista Placar. No último fim de semana, por ocasião das comemorações dos 115 anos do Fluminense, foi o astro principal da Flu Fest, no salão nobre das Laranjeiras. Em quase duas horas de show, sucessos como Loiras Geladas, Olhar 43, Revoluções Por Minuto e Alvorada Voraz foram executados com maestria por ele. O auge aconteceu justamente quando ele puxou Rádio Pirata e os presentes cantaram a versão das arquibancadas.

- É uma honra poder estar no lugar onde eu cresci e ter uma composição minha cantada pela torcida do meu time de coração. Poder dividir este momento com vocês me torna parte da festa. Sem dúvida é uma noite maravilhosa para mim e quero transmitir toda a emoção que estou sentindo – disse ele ao microfone.

Sobre o atual momento do time, com altos e baixos, Paulo Ricardo reconhece que não está muito otimista, mas sem perder o bom humor.

- É uma questão muito complexa e abrangente pra ser discutida aqui. Vamos pra um bar (hahahaha).

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM contará a história de outros torcedores famosos que dão “a maior cobertura”, “que estão sempre presentes” e “disponíveis” para o seu time. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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