TIM 4G: Bellini, um zagueiro que ‘virou’ até estátuta

Ídolo do Vasco foi eternizado por gesto e por monumento no Maracanã

Bellini - Vasco
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Bellini foi o capitão que ergueu a famosa Taça Jules Rimet na primeira Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, em 1958, na Suécia. Zagueiro alto, sério e de grande vigor físico, do tipo que gostava de chegar junto, Heraldo Luís Bellini disputou também os Mundiais de 1962 de 1966 com a Seleção Brasileira, sendo um dos ídolos do Vasco na década de 1950. É um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas.

Em campo, Bellini pregava disciplina e entrega. Não era de muita conversa. Reservado, falava apenas o suficiente. Tinha como grande amigo o zagueiro Mauro Ramos de Oliveira, reserva dele na Seleção em 1958. Quatro anos depois, no Mundial de 1962, a história se inverteu. Bellini foi para o banco e Mauro herdou a braçadeira de capitão do Brasil e levantou a taça da mesma forma que o amigo para homenageá-lo.

O gesto de erguer a taça sobre a cabeça ficou tão famoso – e foi repetido inúmeras vezes por outros campeões depois disso - que mereceu uma estátua de bronze em frente ao Maracanã, inaugurada em 1960. Local que até hoje é conhecido popularmente como estátua do Bellini. O próprio admitiu, em entrevistas, que a ideia do gesto não foi dele. No meio da confusão de jornalistas e fotógrafos querendo fotografar a Jules Rimet, alguém teria gritado: "Bellini, levanta a taça". E ele a ergueu.

Ídolo e capitão vascaíno, Bellini defendeu o clube da Colina de 1952 a 1961, num total de 430 jogos. Naquele período, conquistou os Campeonatos Cariocas de 1952, 1956 e 1958 e o Torneio Rio-São Paulo de 1958.

Nascido na cidade de Itapira, no interior de São Paulo, em 7 de junho de 1930, Bellini começou a jogar com bolas de meia nas ruas de terra do bairro onde foi criado. Foi convidado a atuar nos torneios amadores da região e o gosto pelo futebol foi aumentando a cada dia.

Sem muita habilidade nos pés, sempre era escalado como zagueiro, posição na qual compensava a falta de técnica com muita raça e disposição, ganhando a simpatia da torcida. Foi convidado a defender o modesto Sãojoãonense, na cidade de São João, onde jogava outro então desconhecido, Mauro. Ficou no time de 1949 a 1951. Cobiçado por olheiros, que enxergavam potencial no zagueiro de pouca técnica, muita força e elegância, recebeu uma proposta para jogar no Vasco e se mudou para o Rio de Janeiro, em 1952.

Foram 10 anos em São Januário. Logo que chegou, fez parte da última geração da equipe que ficou conhecida como Expresso da Vitória. Rapidamente, virou ídolo pela garra, pela seriedade e pela disposição física. Em 1963, considerado veterano na Colina, foi anunciado como reforço do São Paulo para fazer dupla de zaga com o amigo e "irmão", como chegou a dizer, Mauro. Permaneceu no Tricolor do Morumbi até 1967, quando transferiu-se para o Atlético-PR, onde encerrou a carreira em 1969, aos 38 anos.

Depois que parou de jogar, Bellini abriu uma franquia de escolinhas de futebol pelo Brasil. Chegou a ser comentarista em emissoras de rádio na década de 1980 e integrou a comissão técnica da Seleção Brasileira. Morreu no dia 20 de março de 2014, aos 83 anos, na cidade de São Paulo, em decorrência de uma parada cardíaca, depois de conviver com o Mal de Alzheimer por cerca de 18 anos.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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