‘Triste’ sem sol na Inglaterra, Nishikori quer que o tênis cresça no Japão

Número seis do mundo almeja grande campanha para alavancar esporte em sua terra natal

Kei Nishikori
Kei Nishikori (Crédito: Tennis Australia)

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Morando na maior parte do ano na ensolarada Flórida, Kei Nishikori, estrela do Japão, que tentará derrubar, fora de casa, a atual campeã Grã-Bretanha, está tentando dificuldades para se adaptar à gelada Birmingham, na Inglaterra.

“Não é fácil. Não se vê muito sol, então você se sente um pouco triste”, admitiu o maior tenista da história da Ásia, que visita a segunda maior cidade inglesa, sede do confronto, pela primeira vez. “Mas é uma ótima cidade. Passeei por aqui, ontem, e gostei bastante”.

Na adaptação à quadra coberta da Barclaycard Arena, no entanto, Nishikori não está tendo problemas. Com o confronto da Davis contra a Grã-Bretanha à frente, como próximo desafio, o japonês vem cheio de confiança, após alcançar as quartas de final no Australian Open e ser pentacampeão do ATP 250 de Memphis, há duas semanas.

“Comecei muito bem na Austrália, jogando de forma muito consistente e vencendo alguns jogadores muito bons. Então, estou muito confiante e feliz por vir aqui”, declarou Kei, que ainda disse ter jogado em quadras cobertas no ATP de Memphis, o que torna sua adaptação mais fácil, levando em conta que ainda há dois dias de treinos pela frente.

“Tenho certeza de que eles têm mais chance de vencer, pois são os atuais campeões. A Grã-Bretanha é uma das melhores equipes, tem Andy e Jamie [os irmãos Murray; o primeiro, 2º do mundo de simples; o segundo, atual campeão do Australian Open de duplas masculinas, em parceria com o brasileiro Bruno Soares], será um grande desafio para nós, que também temos chance”, analisou.

O número dois do Japão, Taro Daniel, também declarou estar animado para as partidas. Ele, que é um grande fã de Led Zeppelin, uma das maiores bandas da história do rock, cujo vocalista e baterista, Robert Plant e John Bonham, vieram de Birmingham, definiu o confronto deste fim de semana como ‘o maior momento de sua carreira’.

“Nunca joguei uma partida tão grande em minha vida, então será muito animador”, apontou. “Joguei alguns confrontos de Copa Davis, e eles provavelmente foram os maiores da minha vida, mas em nenhum eu joguei contra alguém do top 5 ou top 10, ou os atuais campeões da competição”.

“É um momento muito raro para a carreira de qualquer tenista. Quero que tenha o sabor de uma experiência positiva, e veremos como tudo vai sair”, completou Daniel, que na semana passada disputou o Brasil Open.

Com Nishikori estabilizado no top 10 e 2016 sendo o 3º ano seguido da equipe japonesa no Grupo Mundial, o interesse pelo esporte no país asiático nunca esteve maior. Na verdade, é tão grande que o número 6 do Mundo só consegue sair nas ruas de seu país natal, quando a ele retorna, usando um disfarce. “É difícil. Tenho que usar óculos escuros, um chapéu, uma máscara, todas essas coisas”, revelou.

Apesar do ‘problema’, ele espera que uma boa campanha na competição deste ano possa ajudar a alavancar o tênis no Japão.

“[A Davis] Sempre te motiva mais do que os torneios normais do circuito, então acho que será positivo para minha carreira, também. Especialmente quando jogo no Japão, mais fãs aparecem nos jogos e sinto que o tênis está crescendo no país. Sinto-me muito feliz em ver isso e espero ficar mais forte, levando mais tênis ao Japão”, finalizou o finalista do US Open 2014, que deve medir forças contra Andy Murray no domingo, naquele que é o confronto mais esperado do encontro entre britânicos e japoneses, em Birmingham.

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