Técnico projeta evolução de Orlandinho em 2017: ‘E um operário do tênis’

Luiz Peniza acompanhou o atleta durante o Rio Open

Orlando Luz
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O técnico Luiz Peniza, que atualmente treina os brasileiros Orlando Luz, Marcelo Zormann, Rafael Mattos e João Menezes ao lado de Patrício Arnold, conversou com o Tênis News Rio Open e projetou os pupilos.

Pupilo de Luiz Peniza, que atua na ADK Tennis Itamirim Clube de Campo, em Itajaí (SC), desde o final de 2015, esteve presente no quali do Rio Open, Orlando Luz, mas foi eliminado na estreia. Apesar da eliminação, o treinador viu uma oportunidade de crescimento.


“O mais importante é ter tido a oportunidade de estar num evento dessa grandeza, independente de ter perdido na primeira rodada do quali, ele fez bom jogo, demonstrou um nível competitivo. Isso mostra que estamos fazendo um trabalho legal e acho que a chance dele jogar mais tempo nesse nível e acertar pequenos detalhes no jogo faz com que eleve seu nível e lapide o jogo.”


Peniza ainda ressalta que a pré temporada feita foi intensa, buscando prepará-lo para um ano em que o objetivo maior é a estabilização no circuito Challenger. Segundo o treinador, o principal foco foi o desenvolvimento das armas do jogo de cada um em quadra.



“Com o Orlando em 2016 trabalhamos bastante em cima desse aspecto das duas armas, uma das coisas que ele evoluiu bastante foi o saque. Agora ele consegue jogar de uma forma agressiva, e hoje sem um bom saque você não se sustenta no circuito. Já a tranquilidade de se manter no ponto sem rifar as bolas, esse padrão tático organizado também estamos buscando agregar agora. Geralmente os juvenis acabam jogando pontos mais curtos porque querem acabar tudo mais rápido, e quando entram na fase de transição os pontos ficam mais longos e acabam cometendo erros em excesso por querer acabar tudo rápido. Então é importante trabalhar para que saibam criar esse padrão de jogo mais ordenado e saibam o momento certo de buscar a definição”.



Tais evoluções, segundo o treinador, serão vitais para a estabilização do gaúcho de Carazinho no circuito Challenger e, para tal, o calendário já foi organizado com cerca de 80% de torneios desta série, totalizando 26 ou 27 semanas de torneios.

“Orlando vai para Santiago e Buenos Aires depois do Brasil Open, onde pega o quali. Em 2017 vamos tentar que se estabeleça nesse circuito challenger, pois acho que terá uma noção de que precisa produzir pra poder ganhar os jogos. Conseguindo se estabelecer no circuito também conseguirá a melhora no ranking e a melhora no nível de tênis”.



No início do torneio, Orladinho havia conversado com o Tênis News e comentado que não foca em números, pois acredita que isso apenas atrasa o atleta. Peniza esclareceu a declaração do jovem e explicou que as metas propostas são de desempenho.

“A metas que temos proposto para o Orlando são metas de desempenho, e se forem alcançadas o ranking acaba evoluindo naturalmente. Temos focado bastante nas metas de desempenho que seria, obviamente, o estabelecimento no circuito Challenger”.




“Eles tem uma qualidade muito boa, é um operário, tem a noção de que precisa e gosta de trabalhar para elevar o nível, e você sabe que é capaz de superar qualquer obstáculo que precisa para crescer. E essa é a realidade do tenista, imprevistos toda semana e eles têm essa capacidade de ser recuperar e trabalhar pra superar o que quer que seja”.

Uma das maiores promessas da academia é o jovem Orlando Luz, que chegou a liderar o ranking juvenil da ATP. Toda a exposição advinda desse feito, no entanto, não foi prejudicial à carreira do jovem brasileiro.


“Toda essa experiência em juvenil que o Orlando teve foi muito importante, ele conseguiu jogar vários torneios de nível muito bom e conseguiu ter um desempenho juvenil muito bom. Mas todos sabem, inclusive ele, que comparar o profissional com juvenil é impossível, a exigência é muito maior e ele sabe que precisa trabalhar para atingir os objetivos dele. E no sentindo de disciplina, ele vai sentindo a necessidade de evoluir em vários quesitos, e adquirir essa maturidade. E, como eu disse antes, o Orlando tem esse perfil de que vai ser jogador ou vai ser jogador, não tem outro plano. Eles sentem necessidade de evoluir algumas coisas e manter algumas coisas que eles fazem muito bem, é um operários, sempre quer evoluir, sempre quer crescer, e é assim com todo mundo, até a gente mesmo como treinador sempre aprendemos coisas novas e evoluindo pra ajudá-lo”.

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