Ex-número 2 do mundo, Norman se diz decepcionado com carreira de jogador

Sueco ganhou notoriedade no Brasil ap[os perder para Gustavo Kuerten a final de Roland Garros, em 2000

Stan Wawrinka
Mangnus Norman é o técnico de Stan Wawrinka, atual campeão do US Open (Foto: USTA)

Escrito por

O sueco Magnus Norman, de apenas 40 anos, é um dos técnicos mais prestigiados do tênis mundial, devido a seu trabalho com Stan Wawrinka. Muito conhecido no Brasil por ter sido o adversário de Gustavo Kuerten na final de Roland Garros, em 2000, ele fez afirmações surpreendentes sobre sua carreira como jogador.

“Meu melhor ranking foi o número dois do mundo. Suponho que deveria estar orgulhoso disso, mas não posso deixar de me sentir decepcionado. Realmente não quero que isto soe mal, pareça arrogante ou desrespeitoso de alguma maneira, mas realmente não estou 100% satisfeito com a carreira que tive, em geral”, declarou Norman ao site Real Life Tennis.

“Eu sentia que devia aspirar muito mais. Tanto meu corpo quanto minha cabeça confiavam em chegar a ser número um do mundo; inclusive, eu estive a ponto de ganhar um Grand Slam. No final, falhei nas duas coisas. Então, me lesionei pela primeira vez, na bacia, quando era o 4º do ranking, e nunca mais voltei ao lugar que queria estar. Depois das cirurgias, foi muito doloroso para mim ter que terminar a carreira aos 28 anos”, lembrou.

E essa vontade de querer foi justamente o que levou Norman a buscar a carreira como técnico e, como ele mesmo diz, “compartilhar sonhos”. Não é possível saber se ele a considera bem-sucedida, mas duas finais de Roland Garros com Robin Soderling, entre 2008 e 2010, e três títulos de Slam com Stan Wawrinka não parecem uma má ideia para o mundo do tênis.

“O fato de que não fiquei satisfeito com minha própria carreira talvez tenha me deixado com esse desejo e motivação para seguir aqui (no circuito), ajudando a outros jogadores e compartilhando seus sonhos”.

Além disso, o ex-tenista nórdico comentou por que pensa fazer mais o estilo técnico do que jogador. “Eu adorava a competição e toda a rotina diária, mas realmente nunca gostei ou estive cômodo diante das câmeras e todas essas outras coisas que vêm com o sucesso. Tenho infinita admiração por jogadores como Federer, Djokovic, Nadal e Serena, que têm sido o centro das atenções durante décadas e ainda são capazes de manter o nível durante muito tempo”, revelou Magnus.

Norman finaliza sua entrevista afirmando que sua frase favorita é, desde os treze anos, “algumas pessoas sonham com o sucesso, enquanto outras levantam e trabalham duro por ele”, pois “não muitos estão dispostos a desenvolver um trabalho, não somente no esporte, mas também nos negócios e na vida privada”.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter