Murray discorda de Djokovic e diz que premiação igualitária devia ser realidade

Andy Murray
Andy Murray na coletiva de imprensa antes do Australian Open. Crédito: Ben Solomon/Tennis Australia

Escrito por

Andy Murray, já está em Miami para a disputa do Masters local e conversou com a imprensa nesta terça-feira. Pai da pequena Sophia Olivia e treinado pela ex-número um do mundo Amelie Mauresmo, Murray discordou das declarações de Djokovic.

O sérvio Novak Djokovic se viu em meio a uma polêmica após comentar sobre a igualdades da premiação de tênis tanto para feminino, como para o masculino, que está sendo posto em prática este ano pelos Masters de Indian Wells - onde Djokovic foi campeão, e Miami. O sérvio elogiou a conquista das "meninas" da WTA, mas disse que os homens deveria ganhar mais, pois atraem mais público. Murray discorda.

"Todo mundo tem direito a ter sua opinião e ter diferentes pontos de vistas", declarou. "Uma das coisas que Novak disse foi que se mulheres vendessem mais acentos e ingressos elas fariam mais, mas em um torneio como este, por exemplo, Se Serena está jogando na quadra central e você tem um jogo do masculino com (Sergiy) Stakhovsky jogando, as pessoas irão para assistir Serena", disse citando o tenista ucraniano que é um dos críticos mais ferrenhos a equalização de premiações.

"O público está vindo para assistir as mulheres também. A coisa toda não se compara - ela muda no dia a dia basicamente dependendo dos jogos que tem", destacou Andy que junto ao irmão Jamie, entrou para o tênis sob influência da mãe, Judy, professora do esporte e hoje treinadora profissional e capitão britânica na Fed Cup.

"O tênis masculino tem tido a sorte de nos últimos nove ou 10 anos de ter jogadores que tem, rivalidades que surgiram a partir disso. O que é ótimo, mas todo o tênis tem que capitalizar isso - não apenas o masculino" seguiu.

"Eu não tenho nenhuma ideia do que acontece nas reuniões e discussões sobre. As críticas são, provavelmente, menos complicadas de se entender", declarou.

"Eu acho que deveria ser premiação igualitária em 100% dos torneios combinados (circuito WTA e ATP). Em tempo (sobre os comentários de Ray Moore) foi um tanto estranho , logo após uma ótima final feminina, lá tinham 16 mil pessoas no estádio para vê-las jogar", opinou.

"Tudo foi muito estranho e muito desapontador. Eu não entendo onde ele quis chegar com aqueles comentários. Não faz nenhum sentido", pontuou o escocês.

"Acredito que um dia aconteça. Eu não sei como funcionaria se em uma semana tivesse um torneio em Acapulco (México) e outro feminino na China, como funcionaria (equalização de premiação), mas nos eventos combinatos, devia ser igual", finalizou.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter