Fognini se compara a Gaudio e pede paciência por resultados

Italiano reconhece talento e temperamento oscilante para focar-se em voltar a estar no topo do tênis

Fabio Fognini vence na estreia do Brasil Open
Foto: DGW Comunicação

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Por Ariane Ferreira - Depois de estar ausente da última edição do Brasil Open, o italiano Fabio Fognini está de volta, com ânimo e equipe nova, mas velha no tênis, responsável por guiar Gastón Gaudio ao título de Roland Garros.

Fognini começou falando do processo de adaptação a altitude de São Paulo: "Estou adaptado a São Paulo. Como disse esses dias, estou treinando bem e estou competindo mal - tendo em conta o que posso competir. Então, tenho que esperar, tenho que estar aqui e trabalhar. Se estou bem fisicamente e no treino fazendo as coisas bem, os resultados virão", disse ele que foi semifinalista do Brasil Open em 2008, quando caiu para o espanhol Nicolas Almagro, que foi campeão do torneio.

Questionado sobre o inicio da parceria com o multi-campeão como treinador, o argentino Franco Davín, Fognini pediu calma: "Estamos bem. Estamos trabalhando. Como todos os trabalhos e mudanças, tudo tem seu tempo de espera. Como disse, fisicamente estou bem e tenho treinado bem, o que me falta é competir como tenho treinado. Há que se ter paciência".

"Sei que se estou bem fisicamente bem e treinando bem os resultados vão chegar, daqui... bom, não sei quando", completou.

Sobre a decisão de romper a parceria de mais de cinco anos com o treinador espanhol José Perlas, Fognini explicou: "Chegou um tempo com José - que é muito bom treinador, um dos melhores, certamente - em que havia conquistado meus grandes objetivos, conquistei top 10 em duplas, quase o top 10 em simples, fui 13º em simples e necessitava mudar".

Davín foi o grande responsável pelo primeiro título de Grand Slam da Argentina no masculino, o de Gastón Gaudio em Roland Garros 2004 e o segundo, o de Juan Martín Del Potro no US Open 2009. A respeito desta escolha, Fognini comentou: "Escolhi Franco porque tem um grande currículo. Chegou onde chegou com [Juan Martín] Del Potro. Treinou muita gente boa. A verdade é que estamos bem. E repito, quando se muda algo há que ter paciência, caso contrário as coisas não acontecem", pediu.

Ao ser questionado se a conquista do título de Roland Garros 2004 por parte do talentoso e intempestivo Gastón Gaudio ao lado de Franco Davin foi um motivo para contratar o treinador argentino, o italiano riu e respondeu um enfático "Sim". "É que sou, um pouco, reflexo de Gastón - tomara que alcance os seus resultados -, mas como sou. Somos dois muito bons jogadores, em que às vezes a cabeça "tira férias". Assim que contratei toda sua equipe. Aqui estou com Pablo, o psicólogo que também trabalhou com Gastón, e bom, tenho que trabalhar, não tem outro jeito".

A parceria com o amigo de longa data, Simone Bolelli, também faz parte dos planos de crescimento de Fognini m 2017: "Tomara que possamos alcançar algo grande como fizemos em 2015 [conquistaram Australian Open]. Agora, também nesta dupla falta muito, mas bem, temos que jogar pontos e jogos. Perdemos dois jogos muito apertados nas duas últimas semanas, mas isso é o esporte".

Por fim, o italiano comentou o carinho da torcida brasileira e revelou gostar muito de estar em nosso país: "É muito bom Claro que é bom. Vir ao Brasil é algo que eu sempre gosto. No passado ganhei de Rafa [Nadal] no Rio Open, ano passado não pude vir pra cá por uma lesão, joguei muito bem na Olimpíada. A verdade é que eu gosto muito".

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