Federer revela que não jogaria um Slam sem a possibilidade de vencê-lo

Suíço fala da vida com a família no circuito profissional

Roger Federer é o maior vencedor de Grand Slams do tênis e, neste domingo, tornou-se o maior campeão de Wimbledon ao conquistar seu 8º título em Londres.
(Foto: AFP/DANIEL LEAL-OLIVAS)

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Em uma entrevista muito pessoal concedida à revista XL Semanal, o suíço Roger Federer compartilhou muito sobre sua vida pessoal e a criação dos quatro filhos no circuito profissional de tênis e declarou que não jogaria um Slam sem poder vencê-lo.

Na longa entrevista ao semanário espanhol Federer contou que a decisão de viajar o circuito juntos, posteriormente com as gêmeas pequenas e agora também com os gêmeos Leo e Lenny, foi tomada em conjunto: "Mirka e eu tivemos sempre muio claro que eu não viajaria sozinho. E que ela ficando em casa tampouco nos agradaria. No inicio, quando ela ainda jogava, ficávamos sem nos ver por um mês, pouco depois eram apenas duas semanas e na sequência nos demos conta que simplesmente não gostávamos de estar um sem o outro se podíamos evitar isso. Nos encanta estar juntos, é algo importante para mim e pra ela".

Dono da maior "comitiva" do tênis mundial, com 15 pessoas viajando, incluindo os quatro filhos e a esposa, Federer comenta que "é divertido" e ainda relevou adiante na entrevista, que caso seja necessário, seu corpo técnico ajuda até com suas crianças, assim como o contrário acontece caso os familiares de membros de seu corpo técnico esteja presente.

Federer contou ainda que ele e Mirka dividem o quarto com os dois meninos, mesmo durante torneios, e contou que na noite prévia a uma final, aponta como do Masters de Paris Bercy, um de seus filhos "possivelmente uma das meninas" estava mal de gripe, assim como ele, e precisou dormir com o casal.

"Eu não estava nada bem, carregava uma gripe. Os meninos dormiam conosco no quarto, ele também não se sentiam bem. Os dois estavam mal, um deles acabou vomitando e não tinha modo de ficarmos dormindo. Por volta das duas [da manhã] , minha esposa me disse: 'Tenho que trazer o Léo... ou foi Lenny? Ah" Não era uma das meninas. Bem, ela me disse: tenho que trazê-la para a nossa cama'. E eu disse: 'Tenho uma final amanhã'. E ela: 'E o que você quer que eu faça?'. E eu: 'Deixa, não tem solução, vamos ver se ela dorme...' E, bom, ganhei a final", contou ele que pode ter feito referência à final do Masters de Cincinnati, que foi a única final de Masters que disputou em 2016.

Questionado se jogaria um Grand Slam sabendo que não haveria possibilidade de vencê-lo, Federer foi contundente: "Acredito que não. Seguiria jogando, mas em clubes suíços ou algum jogo beneficente aqui e ali. Quando eu não puder seguir no ritmo, que meu corpo não aguente mais, verei se vai seguir valendo a pena".

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