Djokovic fala sobre o calor, Grand Slam e diz que entende Murray

Sérvio fala sobre preparação, se põe como mais um e endossa Murray

novak djokovic (foto:KARIM JAAFAR/AFP)
Novak Djokovic (foto:KARIM JAAFAR/AFP)

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Após treinar sob uma “lua” de 35 graus nas quadras do Melbourne Park, sob o olhar atento de seu técnico, a lenda alemã Boris Becker, Novak Djokovic falou com a imprensa sobre uma série de assuntos.

O número um começa sua defesa de título na Rod Laver Arena, nesta segunda, contra a revelação sul coreana Chung Hyeon, na hora em que a temperatura esperada é de 37 graus no Melbourne Park. Ele é o grande favorito para o primeiro Grand Slam de 2016, apesar de a temperatura extrema ser um convidado nada agradável no torneio – e algo que o sérvio deve se preocupar.

Em 2009, o então campeão em 2008, numa final contra Tsonga, desistiu do duelo de quartas de final contra o americano Andy Roddick, por causa de “exaustão causada pela temperatura”, que à época estava no mesmo padrão do atual cenário, sete anos depois.

“Você tem que estar pronto para o que vier”, disse Nole, quando perguntado sobre a possibilidade de temperaturas altíssimas. “Passamos a pré temporada treinando duro, levando sua resistência corporal para um nível em que realmente suporta tais condições. Claro, algumas vezes é bem difícil aguentar, quando passa dos 40 graus”, lamentou Djoko, deixando uma mensagem positiva sobre a estreia. “Tentarei estar pronto para o que vier amanhã”.

O campeão de três Grand Slams em 2015 está pronto para isso desde a desistência de 2009; ele é, há algum tempo, considerado um dos jogadores mais saudáveis do circuito, com os treinos de pré temporada o ajudando bastante a montar uma base para seus quatro títulos no Grand Slam australiano, nos últimos cinco anos.

Em forma, ele desponta como franco favorito para o sexto título em Melbourne, continuando a dominação no circuito, que o viu vencer onze torneios na temporada passada, sendo três majors.

“2015 foi o melhor ano da minha carreira e da minha vida, indubitavelmente. Aproveitei cada momento que tive na quadra. Obviamente, tentarei trazer esta confiança e performance em alto nível para este novo ano”, expressou o sérvio. “Mas estou aqui para começar bem devagar, com calma, e ver aonde isso me leva”.

Uma nova vitória no Melbourne Park, pelo menos, levaria-o a um lugar muito interessante: juntar-se ao lendário australiano Roy Emerson como os únicos a vencerem o torneio seis vezes. A julgar por sua performance no ATP 250 de Doha, na primeira semana do ano, os tenistas que podem impedir a façanha devem ter ficado nada animados.

Novak arrasou o espanhol Rafael Nadal, detentor de quatorze títulos de Grand Slam – Djokovic tem dez -, numa exibição que Nadal classificou como “perfeita”, enquanto Djoko admitiu que estava enxergando a bola “como uma melancia”.

“A primeira semana do ano, em Doha, foi extremamente boa para mim”, rotulou o tenista de Belgrado. “Tenho me preparado bem, separado um tempo para realmente trabalhar em certas coisas, construir uma boa base para o resto da temporada”.

Ele, no entanto, afirmou que não pensa em completar o Grand Slam nesta temporada [conquistar os quatro majors num ano só], algo que esteve a ponto de fazer na temporada passada, mas acabou perdendo a chance quando foi derrotado em Roland Garros por Stan Wawrinka. “Igualmente aos outros 127 jogadores da chave, estou aqui para tentar o título na Austrália. Estamos no início do ano e não almejo nada mais”.

A estrela sérvia também comentou sobre a declaração de Andy Murray, um de seus grandes concorrentes ao título, que disse que abandonará o torneio imediatamente caso sua esposa, Kim Sears, dê a luz ao primeiro filho do casal. “Apoio a Andy em sua decisão porque faria o mesmo em seu lugar. Fui pai há quinze meses. Estava em Xangai [China] e minhas malas estavam prontas para o caso de Jelena [esposa do sérvio] dar à luz”.

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