Diretor garante que torneio de Miami não mudará de local

Rio de Janeiro é uma das cidades interessadas na mudança.

Novak Djokovic campeão do Masters 1000 de Miami (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)
Novak Djokovic campeão do Masters 1000 de Miami (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

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Apesar das especulações de que o Masters 1000 de Miami deixaria o Key Biscayne’s Crandon Park Tennis Center por causa das limitações que impossibilitam seu crescimento, a direção insiste que o torneio não mudará de local.

O torneio realiza este ano sua 33ª edição e o vice presidente da empresa WME/IMG dona do torneio, Mark Shapiro, contou ao Maimi Herald Sun que apesar de outros locais terem sido consultados para receber o Miami Open, eles não estão em processo de negociação.

“Enfaticamente não estamos movendo o torneio para Orlando ou qualquer outro lugar fora de Miami”, contou Shapiro durante o segundo dia do quali do torneio.

A cidade de Miami perdeu, em 2016, o torneio Dural, uma competição do PGA Golf Tour de 54 anos de idade para a Cidade do México, mas ao que tudo indica, pelo menos agora, não perderá seu torneio de tênis.

O torneio, que recebe tanto jogos da ATP quanto WTA, acontece até o dia 2 de abril e espera mais de 300 mil espectadores, número que aumenta a cada ano desde 2010.

“Este evento é abraçado pela comunidade”, conta o diretor do torneio Adam Barrett. Barrett ainda comenta que a diversidade do sul da Flórida combina com a natureza deste esporte e que a energia dos fãs locais é incomparável. Sem contar no impacto econômico de 386 milhões de dólares que o torneio causa na economia.

“Além de tudo, os jogadores amam Miami”, disse Barrett. “Eu estava ao telefone outro dia e conversávamos sobre melhorias que fazemos no torneio e a algumas das melhorias feitas em tantos outros torneios, quando um dos maiores agentes neste esporte e tantos outros disse, ‘Mesmo com tudo isso, os demais torneios não podem dar o que Miami dá às pessoas, que é o clima, as praias, os restaurantes e, mais importante, a energia do local’”.

O imensamente popular Roger Federer, que vem de seu quinto título em Indian Wells e de seu 18º título de Grand Slam em janeiro, concorda veementemente com os elogios tecidos à Miami. O suíço retorna ao torneio este ano após ficar de fora da edição 2016 em razão de problemas estomacais.

“Minha simpatia pela cidade começou muito cedo aqui”, contou Federer. “Recebi um convite para jogar em 1999 após vencer o Orange Bowl em 1998 e acabei jogando na quadra central logo em minha primeira partida. Depois disso continuei voltando aqui”.

“As quadras estão sempre lotadas e os fãs são muito emotivos aqui. A energia que você sente vir deles torna tudo muito mais divertido”.

O Aberto de Miami há muitos anos, incluindo este, tem um contrato com o Condado de Miami-Dade. Mas o futuro desde acordo ficou em dúvida após uma decisão tomada em dezembro de 2015 que impediu o torneio de fazer uma expansão de 50 milhões de dólares em razão de restrições relacionadas à doação do espaço em 1940 pela família Matheson.

“A questão é, existem sim outros interessados no torneio”, declarou Shapiro. “Desde que perdemos o caso na justiça e os rumores começaram a circular, tivemos muitas cidades do país e até mesmo de fora dos Estados Unidos interessados no torneio. No entanto, não estamos abertos à negociação. Estamos compromissados em manter o torneio em Miami, nossos jogadores amam o local, desde a cultura do tênis até as praias e a música”.

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