O desafio da programação do Rio Open. Djokovic virá no futuro

Torneio terá melhorias para o público 

Djokovic
(Foto: AFP / KARIM JAAFAR)

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Um dia de um bate-papo com Luiz Carvalho, o Lui, diretor do Rio Open, maior torneio da América do Sul que começa com o qualificatório no próximo dia 13 de fevereiro esclarecendo alguns pontos importantes desta terceira edição.

A programação é o ponto que mais vem dando dor de cabeça para a organização do evento que terá sua chave mais forte com Rafael Nadal, David Ferrer, Jo Tsonga, John Isner, Dominic Thiem, Jack Sock entre outros forte nomes, quatro deles entre os 11 melhores do ranking no masculino mais Teliana Pereira e Eugenie Bouchard no feminino.

"Teremos uma dor de cabeça esse ano que é a programação com esse número de bons atletas em como alocar todas essas feras para a quadra central do Jockey nos primeiros dias", destaca.

Por conta da longa programação de seis jogos e o problema de sexta-feira no ano passado com o dia terminando às 3h e com muitas críticas dos atletas, inclusive Rafael Nadal, a organização reduziu para quatro partidas na central sendo que uma delas tem que ser uma do torneio feminino.

"A ideia é colocar a Teliana num dia e a Eugenie Bouchard no outro na central e no masculino primeiro vai depender muito do sorteio, no primeiro dia deveremos ter uns 5 jogos da primeira rodada e os 11 restantes na terça. Vamos ver as exigências de cada um e como eles vêm da semana anterior. Já falei inclusive com o Bellucci pode ser que ele jogue na segunda ou dependendo da circunstância pode até jogar na quadra 1", afirma Lui.

A quadra central terá a capacidade igual a dos últimos anos, para 6,2 mil lugares e a 1 para mil espectadores e sem transmissão de televisão assim como 2015.

Segundo Lui, a negociação da vinda de Tsonga foi em conjunto com o ATP de Buenos Aires para reduzir custos e com o francês topou vir para ter melhor preparação para Roland Garros assim como adequou ao seu calendário que tem a Copa Davis no Caribe, em Guadalupe, além dos torneios nos Estados Unidos. Com John Isner, veio por conta de um papo informal com Justin Gimelstob, técnico do atleta, durante o US Open.

Segundo o diretor do torneio, Kei Nishikori esteve bem perto de vir e pode ser uma peça para o futuro e o número 1 do mundo tem boas perspectivas: "Novak Djokovic não veio esse ano, mas com certeza vai participar do Rio Open no futuro".

Sobre Roger Federer a situação é mais difícil por conta de um acordo que o suíço tem com o torneio de Dubai, nos Emirados Árabes, e uma de suas bases de treino ser naquele país. Stan Wawrinka e Tomas Berdych foram outros jogadores negociados, mas que devem ficar para uma próxima edição.

Ida para o Parque Olímpico ? "Estamos muito satisfeitos com o Jockey, o torneio se adequa bem no local", afirma Lui que também deixa no ar a possibilidade da mudança por conta também dos crescimento do torneio: "Será uma pergunta recorrente durante o Rio Open e depois, mas ainda não sabemos pois esperamos que o local seja a Casa do Tênis brasileiro, mas ainda há uma série de fatos burocráticos depois que terminar os Jogos Olímpicos e as transformações que o local vai sofrer, mas a quadra central de lá é maravilhosa e o espaço quando ficar pronto também".

De acordo com a organização ainda restam ingressos para os três primeiros dias, mais de 50% da lotação de segunda e terça-feira: "Nosso objetivo é ver o torneio cheio o dia todo e quem comprar os bilhetes ainda restantes nesses dois dias verá todo mundo jogando e treinando, os dois primeiros dias é o burburinho do torneio. Estamos muito satisfeitos com as vendas, em coisa de três horas vendemos sábado e domingo".

"Acreditamos que os 6,2 mil lugares são ideais para o Jockey, poderíamos ter um estádio até um pouco maior, mas nosso medo é que percamos em qualidade na questão de serviços e queremos oferecer a melhor experiência possível, então esse número achamos o ideal".

Além destas novidades o torneio terá o Leblon Boulevard maior com mais serviços e opções de comida tais como batata frita, pipoca gourmet para os espectadores e haverá um bar em frente quadra central, o bar da Stella Artois onde os torcedores podem desfrutar de um lounge com telão, desfrutando de uma boa bebida e no clima da atmosfera da partida. Os banheiros também serão aprimorados.

Sonho do Masters 1000 - O Rio Open segue pro terceiro ano como um ATP 500 e segue sonhando com o pé no chão ser um Masters 1000. Ao ser perguntado se a possível vaga que Miami abriria poderia ser uma opção, Lui desconversou. O torneio americano vive um imbróglio com a prefeitura local na tentativa de expansão e advogados já falam em romper o contrato que existe até o começo da próxima década e na saída do evento do local. Outros locais já estão sondando: "Somos da empresa IMM, irmãos da IMG que faz o evento, mas nosso objetivo não é roubar Miami. Acreditamos que a América do Sul merece um Masters 1000 assim como há alguns nos Estados Unidos, na Europa e Ásia, mas estamos ainda no terceiro ano e crescendo aos poucos, nos tornando cada vez mais sólidos e ter um Masters 1000 não é simplesmente dinheiro. Teve local oferecendo um caminhão de dinheiro para ter um, mas esses eventos é muito mais a posição, história do que propriamente ter a grana pra fazer".

O primeiro convidado anunciado foi João Souza, o Feijão, os restantes estarão entre Rogério Dutra Silva, André Ghem, Guilherme Clezar, Thiago Monteiro ou outro brasileiro que se destacar nas próximas semanas. No feminino o desempenho das brasileiras nas próximas semanas contará bastante.


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