Confiante por Roland Garros, Djokovic lida bem com pressão por Golden Slam

Peso nas costas do sérvio por um título em Paris, que era muito grande, foi finalmente tirada há menos de um mês

Djokovic
O alívio de Djokovic ao conquistar Roland Garros pela primeira vez (Foto: MIGUEL MEDINA/AFP)

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Campeão no All England Club em 2011, 2014 e 2015, o líder do ranking, Novak Djokovic, está de volta a Wimbledon para tentar o tetracampeonato na grama sagrada. Há menos de um mês, o tenista de Belgrado tirou o maior peso de suas costas, vencendo Roland Garros e conquistando o último troféu de Slam que lhe faltava.

Na tradicional coletiva pré-estreia, o atual campeão expressou sua felicidade em entrar novamente no complexo do All England Club, revelando, em seguida, sobre o alívio sentido após Paris e seus efeitos positivos para a disputa deste ano na superfície verde. “Apesar de eu ter sido muito abençoado por alcançar meu sonho de criança e vencer Wimbledon três vezes, ainda sinto a animação de quem entra aqui pela primeira vez”.

“Claro, a situação neste ano é bem diferente das temporadas passadas, porque venho de um título de Roland Garros pela primeira vez. Isso me dá, obviamente, muita confiança, antes do torneio”.

Sua preparação diferente para o Grand Slam da grama, que inclui apenas treinos e a exibição “The Boodles”, sem a disputa de torneios oficiais, tem dado muito certo, já que o sérvio levantou o troféu em três das últimas seis edições no SW19. Ele destacou o período, ressaltando a importância da semana a mais adicionada ao intervalo entre os dois Majors do meio da temporada.

“Agora, temos uma semana a mais entre Roland Garros e Wimbledon, pelo menos, que nos dá um pouco mais de tempo para descansar, fazer a transição para a quadra de grama e, eventualmente, jogar um torneio preparatório”.

Depois, explicou o porquê de não fazê-lo. “Decidi não jogar (um torneio preparatório), porque porque vencer Roland Garros foi obviamente um dos momentos mais bonitos e memoráveis da minha carreira. O título tirou muito de mim, e pensei que seria mais importante, para mim, rejuvenescer e descansar um pouco do tênis, antes de voltar e me preparar para Wimbledon”.

Com um recorde de 44-3 no número vitórias-derrotas em 2016, Nole enfrentará, amanhã, às 9h, com transmissão ao vivo do Tênis News, o tenista britânico James Ward, apenas o 177º da ATP. Ele discorreu sobre o desafio e falou da emoção de, enquanto atual campeão, abrir o torneio na quadra central, sendo o primeiro a usar a grama sagrada.

“Todas as vezes em que você enfrenta um oponente pela primeira vez é importante começar bem e não permitir que ele aproveite as chances que tiver. Será a primeira partida na grama imaculada, e essa é uma das partidas mais especiais que você pode jogar como um tenista profissional”.

Se Djokovic defender seus títulos em Wimbledon e no US Open, será o primeiro homem desde Rod Laver, em 1969, a completar o Grand Slam no mesmo ano. Ainda mais histórico seria fazê-lo e também vencer as Olimpíadas, feito que homem algum jamais alcançou e, entre as mulheres, somente Steffi Graf conquistou, em 1988. Muito se fala sobre a marca, mas Novak encara a pressão como algo rotineiro em seu trabalho.

“A pressão é parte do que fazemos. É inevitável que experimentemos essas sensações, enquanto jogadores de ponta, de quem todos esperam grandes resultados”.

“Mas, quanto mais você se encontra nessas posições, mais se acostuma a lidar com elas e se sair bem”, finalizou, dando um recado aos adversários pelo título.

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