‘Condições escolhidas favorecem nossa equipe’, diz a zebra Gomez

Equatoriano comemora escolhas por parte da Confederação Brasileira, não entende queda brusca no rendimento de Rogerinho, exalta maior vitória da carreira e rasga elogios aos brasileiros

Rogerio Dutra Silva (Foto: Cristiano Andujar)
Rogério Dutra Silva não foi páreo para Emilio Gomez nesta sexta-feira (Foto: Cristiano Andujar)

Escrito por

Muito feliz, o equatoriano Emilio Gomez, 317º da ATP, concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, onde venceu Rogério Dutra Silva, 89º, e abriu o confronto contra o Brasil dando a liderança ao Equador.

O simpático equatoriano admitiu ter começado bastante nervoso, devido ao público “incrível” e a festa que viu antes do duelo contra Rogerinho.

“Comecei um pouco nervoso, tenso, não estava buscando a direita, estava criando mais com a esquerda. No segundo set, quando recuperei a quebra, comecei a crer um pouco mais (na vitória), a jogar mais intenso, a criar mais, a buscar mais (jogar com) a direita, que foi obviamente o que mais me deu pontos na partida. O saque também, em momentos chaves, foi muito importante. Perdi o primeiro set, mas senti que foi por pouco. Tive oportunidades (na parcial inicial) que não aproveitei, ele as aproveitou, e o set me escapou pelas mãos. Depois, comecei a dominar um pouco mais a partida”.

“Saí da quadra uns quinze minutos antes do jogo e ela estava vazia. Quando voltei, vi um público incrível, um show de luzes, uma apresentação incrível. Fiquei paralisado, não sabia o que pensar. O nervosismo, no começo, foi por causa do impacto que o público me causou. Nos primeiros games, foi assim. Depois, mudou e tudo normalizou”.

Na sequência, o filho de Andrés Gomez, campeão de Roland Garros em 1990, declarou que a conjuntura de fatores no palco da Davis em Belo Horizonte favorece a si e aos tenistas de sua pátria, que, à exceção de Ivan Endara, estudaram nos Estados Unidos, disputando o circuito universitário americano em circunstâncias de superfície muito semelhantes às encontradas na capital mineira, algo que o brasileiro, derrotado por ele, também alegou exaustivamente em sua entrevista.

BRASIL ESCOLHE CONDIÇÕES PARA SIMULAR OLIMPÍADA, MAS ELAS FAVORECEM MAIS AOS RIVAIS
“Quando viemos para cá, sabíamos que as condições escolhidas não eram as melhores para eles. Tudo bem, o Equador também tem bem mais vitórias no saibro, mas eles (Brasil) são bem muito mais do saibro do que das quadras duras. Não sei quantos torneios Rogério (Dutra Silva) jogou sobre o cimento neste ano, mas foram poucas partidas. Então, as condições passam a ser uma parte mais favorável para nós, que sempre jogamos no saibro, mas todos temos uma história em universidades americanas, que jogam em quadras sempre duras e rápidas, incluindo, muitas vezes, indoor (ginásio coberto). Viemos aqui sabendo o que faríamos. Sei que eles escolheram o piso pensando nos Jogos Olímpicos, que são muito importantes para eles, mas acabou sendo bom para nós”, declarou, dizendo, em seguida, sua opinião quanto ao “ponto-chave” para a virada, além de tentar explicar a queda no desempenho do paulista.

“Creio que, no segundo set, foi chave recuperar a quebra logo no game seguinte. Não falo do primeiro set, porque poderia ter ido para qualquer um dos dois, mas recuperar a quebra imediatamente, na segunda etapa, foi essencial. Depois disso, ele teve uma queda mental muito grande, incluindo um 6/0. Quem esperava um 6/0 nas condições em que estávamos jogando? Era muito difícil. Mas ficou claro que ele teve uma queda muito grande em seu rendimento, não sei o motivo. Nesse momento em que ele teve essa baixa, subi meu nível, porque sabia que poderia fechar o segundo set rápido, mas não imaginei que seria tão rápido”.

Emilio não quis aproximar suas palavras de uma declaração sobre um triunfo no confronto, o que seria uma enorme zebra, mas falou que uma vitória de Quiroz sobre Bellucci, no segundo jogo desta sexta, faria a série ficar perto do time equatoriano. Por outro lado, ele expressou que seu time irá lutar muito e sair de cabeça erguida, seja qual for o resultado, e que ele quer aproveitar os jogos contra jogadores de ranking bem mais alto, algo “inigualável”, segundo o tenista.

EQUIPE "CORAÇÃO GRANDE" E FRANCO-ATIRADORA. DAVIS COMO EXPERIÊNCIA "INIGUALÁVEL"
“Temos uma equipe, em relação ao ranking, muito mais modesta, mas temos um coração muito grande. Ganhando ou perdendo o confronto, iremos sair de cabeça erguida, porque vamos dar tudo de nós. Com esse ponto, sabemos que temos uma série muito mais equilibrada. Roberto não é favorito contra Thomaz, mas ele vai lutar de forma muito dura, porque sabemos que, se de alguma maneira pudermos ganhar (fazer 2x0), a (vitória na) série estará próxima de nós”.

“Viemos a este confronto para aproveitar, porque, na teoria, é uma série que não devemos ganhar. Jogar contra Rogério, Bruno Soares, (Marcelo) Melo e Bellucci é uma experiência inigualável”.

O 317º colocado ainda falou da importância do sucesso de hoje para sua carreira, dizendo, contudo, que irá aproveitar “um pouco”, porque amanhã ele precisa jogar duplas e o dia será “longo”. Concluindo, palpitou sobre suas chances contra os superfavoritos mineiros, Bruno Soares e Marcelo Melo.

MAIOR VITÓRIA DA CARREIRA
“Creio que é minha primeira vitória sobre um top 100, tenho quase certeza disso. É muito importante. Mas agora já ganhei, passou, não quero mais do que aproveitar um pouco, porque amanhã será um dia longo (ele jogará as duplas, ao lado de Roberto Quiroz, contra os favoritos e top 10 Soares e Melo)”.

“Roberto e eu jogamos muito tempo juntos. Nos conhecemos desde criança e jogamos juntos muitas vezes recentemente. Obviamente, eles são os favoritos, mas imagino que, por melhores que eles sejam, é difícil, porque não são parceiros durante todo o ano, e há coisas que você só têm com quem joga frequentemente. No entanto, eles continuam sendo totalmente favoritos”.Muito feliz, o equatoriano Emilio Gomez, 317º da ATP, concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, onde venceu Rogério Dutra Silva, 89º, e abriu o confronto contra o Brasil dando a liderança ao Equador.



LEIA MAIS:

Rogerinho culpa condições de Belo Horizonte e admite ter se perdido em quadra

O simpático equatoriano admitiu ter começado bastante nervoso, devido ao público “incrível” e a festa que viu antes do duelo contra Rogerinho.

“Comecei um pouco nervoso, tenso, não estava buscando a direita, estava criando mais com a esquerda. No segundo set, quando recuperei a quebra, comecei a crer um pouco mais (na vitória), a jogar mais intenso, a criar mais, a buscar mais (jogar com) a direita, que foi obviamente o que mais me deu pontos na partida. O saque também, em momentos chaves, foi muito importante. Perdi o primeiro set, mas senti que foi por pouco. Tive oportunidades (na parcial inicial) que não aproveitei, ele as aproveitou, e o set me escapou pelas mãos. Depois, comecei a dominar um pouco mais a partida”.

“Saí da quadra uns quinze minutos antes do jogo e ela estava vazia. Quando voltei, vi um público incrível, um show de luzes, uma apresentação incrível. Fiquei paralisado, não sabia o que pensar. O nervosismo, no começo, foi por causa do impacto que o público me causou. Nos primeiros games, foi assim. Depois, mudou e tudo normalizou”.

Na sequência, o filho de Andrés Gomez, campeão de Roland Garros em 1990, declarou que a conjuntura de fatores no palco da Davis em Belo Horizonte favorece a si e aos tenistas de sua pátria, que, à exceção de Ivan Endara, estudaram nos Estados Unidos, disputando o circuito universitário americano em circunstâncias de superfície muito semelhantes às encontradas na capital mineira, algo que o brasileiro, derrotado por ele, também alegou exaustivamente em sua entrevista.

BRASIL ESCOLHE CONDIÇÕES PARA SIMULAR OLIMPÍADA, MAS ELAS FAVORECEM MAIS AOS RIVAIS

“Quando viemos para cá, sabíamos que as condições escolhidas não eram as melhores para eles. Tudo bem, o Equador também tem bem mais vitórias no saibro, mas eles (Brasil) são bem muito mais do saibro do que das quadras duras. Não sei quantos torneios Rogério (Dutra Silva) jogou sobre o cimento neste ano, mas foram poucas partidas. Então, as condições passam a ser uma parte mais favorável para nós, que sempre jogamos no saibro, mas todos temos uma história em universidades americanas, que jogam em quadras sempre duras e rápidas, incluindo, muitas vezes, indoor (ginásio coberto). Viemos aqui sabendo o que faríamos. Sei que eles escolheram o piso pensando nos Jogos Olímpicos, que são muito importantes para eles, mas acabou sendo bom para nós”, declarou, dizendo, em seguida, sua opinião quanto ao “ponto-chave” para a virada, além de tentar explicar a queda no desempenho do paulista.

“Creio que, no segundo set, foi chave recuperar a quebra logo no game seguinte. Não falo do primeiro set, porque poderia ter ido para qualquer um dos dois, mas recuperar a quebra imediatamente, na segunda etapa, foi essencial. Depois disso, ele teve uma queda mental muito grande, incluindo um 6/0. Quem esperava um 6/0 nas condições em que estávamos jogando? Era muito difícil. Mas ficou claro que ele teve uma queda muito grande em seu rendimento, não sei o motivo. Nesse momento em que ele teve essa baixa, subi meu nível, porque sabia que poderia fechar o segundo set rápido, mas não imaginei que seria tão rápido”.

Emilio não quis aproximar suas palavras de uma declaração sobre um triunfo no confronto, o que seria uma enorme zebra, mas falou que uma vitória de Quiroz sobre Bellucci, no segundo jogo desta sexta, faria a série ficar perto do time equatoriano. Por outro lado, ele expressou que seu time irá lutar muito e sair de cabeça erguida, seja qual for o resultado, e que ele quer aproveitar os jogos contra jogadores de ranking bem mais alto, algo “inigualável”, segundo o tenista.

EQUIPE "CORAÇÃO GRANDE" E FRANCO-ATIRADORA. DAVIS COMO EXPERIÊNCIA "INIGUALÁVEL"

“Temos uma equipe, em relação ao ranking, muito mais modesta, mas temos um coração muito grande. Ganhando ou perdendo o confronto, iremos sair de cabeça erguida, porque vamos dar tudo de nós. Com esse ponto, sabemos que temos uma série muito mais equilibrada. Roberto não é favorito contra Thomaz, mas ele vai lutar de forma muito dura, porque sabemos que, se de alguma maneira pudermos ganhar (fazer 2x0), a (vitória na) série estará próxima de nós”.

“Viemos a este confronto para aproveitar, porque, na teoria, é uma série que não devemos ganhar. Jogar contra Rogério, Bruno Soares, (Marcelo) Melo e Bellucci é uma experiência inigualável”.

O 317º colocado ainda falou da importância do sucesso de hoje para sua carreira, dizendo, contudo, que irá aproveitar “um pouco”, porque amanhã ele precisa jogar duplas e o dia será “longo”. Concluindo, palpitou sobre suas chances contra os superfavoritos mineiros, Bruno Soares e Marcelo Melo.

MAIOR VITÓRIA DA CARREIRA

“Creio que é minha primeira vitória sobre um top 100, tenho quase certeza disso. É muito importante. Mas agora já ganhei, passou, não quero mais do que aproveitar um pouco, porque amanhã será um dia longo (ele jogará as duplas, ao lado de Roberto Quiroz, contra os favoritos e top 10 Soares e Melo)”.

“Roberto e eu jogamos muito tempo juntos. Nos conhecemos desde criança e jogamos juntos muitas vezes recentemente. Obviamente, eles são os favoritos, mas imagino que, por melhores que eles sejam, é difícil, porque não são parceiros durante todo o ano, e há coisas que você só têm com quem joga frequentemente. No entanto, eles continuam sendo totalmente favoritos”.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter