Em coletiva, Djokovic revela onde se hospederá nas Olimpíadas

Sérvio diz que precisa de tempo sozinho durante o período do torneio<br>

Djokovic (Foto: Mike Ehrmann / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
Novak Djokovic (Foto: Mike Ehrmann / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

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O melhor jogador de tênis do mundo, Novak Djokovic, concedeu entrevista coletiva após a vitória sobre Borna Coric, nesta quarta, no Masters 1000 de Madri. por 6/2 e 6/4, que o qualificou às oitavas de final do evento que conquistou em 2011.

Entre os assuntos, o tempo sem torneios que ele teve após Mônaco, o também balcânico Coric, a quem Nole vê semelhanças consigo mesmo, e o local em que Novak ficará durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

O sérvio, que fez questão de dizer que sua ausência de três anos na capital espanhola - 2013, 2014 e 2015 - não se deve à nada relacionado ao público, mas a decisões de seu time e ao calendário, salientou a importância de ter tirado três semanas para descansar e treinar, após sua surpreendente derrota para o tcheco Jiri Vesely, no Masters 1000 de Monte Carlo.

“Tive tempo de me recuperar mental e fisicamente, algo que eu necessitava, porque havia jogado muitas partidas desde janeiro. Vim para cá pronto para me acostumar ao saibro e fazer sessões de treinamento. Hoje, me senti bem sólido e estou satisfeito com a partida que fiz. Borna [Coric] é um jogador bastante complicado [de se enfrentar], com um estilo similar ao meu – muito duro mentalmente. Tenho uma boa relação com ele, lhe dou alguns conselhos para progredir e creio que [ele] seja um dos jogadores que mais veremos nas rodadas finais, no futuro”, elogiou o número 1.

Amanhã, o desafio de Novak é o espanhol Roberto Bautista Agut, 19º no ranking da ATP, a quem enfrentou três vezes, tendo vencido todas. Ele analisou o oponente contra quem brigará por uma vaga nas quartas de final do torneio madrilenho.

“Roberto é muito sólido, tem um jogo plano, muito diferente da maioria dos espanhóis, que se baseiam em rotação e spin nos golpes. Bautista corre muito e sempre te obriga a jogar mais uma bola. Tivemos um jogo duro em Nova Iorque, no ano passado [US Open 2015, no qual Djokovic venceu por 3x1], e amanhã ele terá o publico ao seu favor”, comentou, prevendo uma partida dura.

O líder do ranking ainda foi perguntado sobre inovações em geral, como o polêmico saibro azul, usado na edição de 2012 do Masters espanhol. “Aplaudo a capacidade de inovação e criação de Ion Tiriac [Diretor do torneio] para ir além e mudar as coisas. Tudo na vida pode evoluir e pode ter sido um bom movimento [jogar o torneio em saibro azul], mas eu não gostava de jogar naquela terra, que era muito escorregadia e difícil para a movimentação; tampouco Nadal gostou. Não sei se a veremos [a terra azul] de volta no futuro, mas nunca devemos perder a perspectiva de resguardar a integridade e a história do esporte, sem deixar de lado tudo que se move à frente e proporciona evolução, explicou.

Por fim, a estrela do tênis mundial falou sobre sua vinda ao Rio de Janeiro, onde irá buscar o inédito ouro olímpico. Djokovic chegou às semifinais em Pequim-2008, em que conquistou o bronze, e Londres-2012, mas é no Rio que ele chegará em melhor forma para a tão sonhada ida ao topo do pódio. Ele afirmou que ficará na Vila Olímpica na primeira semana de jogos, quando o tênis ainda não estará acontecendo, mas alegou ‘precisar de seu própria espaço’ quando a competição se iniciar.

“Por sorte, os jogadores de tênis têm uma semana até que comece o torneio de tênis. Nela, estarei compartilhando tempo na Vila Olimpica. Quando o campeonato começar, precisarei do meu espaço, alguma privacidade e concentração fora dela [Vila]”.

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