Bia Maia destaca ano de solidificação e não se apressa para novo salto

Brasileira mira paciência para alcançar top 20 ou top 30

Bia Maia
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A temporada 2017 começou com uma lesão em uma queda no apartamento onde vive no Rio de Janeiro e terminou com o melhor desempenho de Beatriz Haddad Maia que saiu das 180 melhores para o grupo das 60 do ranking.

O novo ano mal começou e a jogadora traça metas sem pressa para um novo salto e sim um 2018 de solidifcação de seu tênis. A atleta da Tennis Route esteve no Rio Open nesta segunda-feira para compromissos e estará nesta terça acompanhando o namorado Thiago Monteiro na estreia contra Pablo Cuevas. Ela embarca no meio da semana para a disputa do WTA de Acapulco, no México.


"Esse lado de defender ponto, eu realmente não me apego. Eu gosto bastante de pensar no que preciso fazer pro próximo torneio. Assim como a gente defende ponto a gente também soma ponto, então perder pontos e somar pontos às vezes no final do ano dá na mesma. Então eu me preocupo mais em me manter bem fisicamente, sem criar muita expectativa. Realmente eu acredito muito no trabalho da minha equipe e em mim mesma. O circuito hoje está variando muito, tivemos várias número 1 aí e tudo tem seu momento. Então sei que preciso fazer o que fiz ano passado e que esse será um ano de solidificação. Sei que entramos em torneios fortes, com meninas grandes, e eu to lá pra ganhar também de qualquer uma que venha, então só esperar o tempo pra ver o que vem", disse a brasileira vice-campeã do WTA de Seul,na Coreia do Sul, que não colocou metas de outro salto bem rápido.


"É muito louco o tênis, você vê meninas como a Bencic e a Bouchard que com 16, 17 anos eram top 10 e hoje a Bouchard pra não sair dos 70 pé duríssimo. Então às vezes chegar é muito bom, mas conseguir manter também é difícil. De querer título, acho que toda semana to trabalhando para conquistar um titulo. Acho que tenho condições pelas minhas armas, mas tudo tem seu tempo certo,na hora que for pra ser vai ser. Não tenho pressa de ser top 20 ano que vem ou esse ano ainda ou daqui a 5 anos. Vou sempre dormir tranquila de que fiz tudo que pude fazer. O pessoal também está jogando até mais tarde hoje e eu sou super tranquila com a idade."



Ano passado a tenista enfrentou tenistas como Venus Williams, Simona Halep, Sara Errani, Samantha Stosur, Jelena Ostapenko e Garbiñe Muguruza.Este ano ela já enfrentou a tcheca Karoline Pliskova. Ela aponta onde precisa melhorar para ter mais triunfos contra as melhores.



"A primeira adversária chocante pra mim foi a Venus, pois quando eu era pequena assi, uns 5 anos, toda minha família assistia ela pela TV. Eu fiquei super nervosa, era tarde, ela estava em casa, era uma quadra gigante, foram várias emoções. E depois eu joguei com a Halep, com a Muguruzam com a Pliskova agora na Austrália. E eu senti assim que as meninas que tem mais pegada é onde eu posso melhorar o meu jogo, uma Muguruza, uma Pliskova, eu tive mais dificuldade de impor o meu jogo, então estou buscando melhorar esses buracos. E assim, a Stosur que eu cheguei a vencer, a Sara Erranie que eu joguei, a própria Halep, são meninas que não tem tanta pegada mas são muito rápidas. Pude perceber que o diferencial delas é ser mais sólida nos momentos decisivos, ou ter um pouquinho mais de paciência, saber manejar melhor o momento de tensão. Eu vejo o circuito feminino hoje muito igual, uma top 100 pode ganhar uma top 10."

A paulista aponta que com seu crescimento mudou um pouco o relacionamento no circuito com as principais tenistas e o reconhecimento: "Com certeza muda um pouquinho, principalmente aqui no Brasil onde o pessoal depois da Maria Esther e da Teliana acaba criando um pouco de expectativa e torcendo por uma brasileira no topo do tênis. Eu estar conseguindo conquistar isso, dá pra perceber em certos momentos alguém pede uma foto ou acompanha mais jogo feminino. Em relação a treinos, consigo mais parceiras para jogar duplas, nos vestiários, você passa a ser mais respeitada.

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