Antigo treinador de Murray não crê em mudança de atitude e estranha Mauresmo

Mark Petchey diz que o número dois do ranking jamais mudará sua tão criticada atitude em quadra

Andy Murray
Andy Murray (Crédito: André Valle)

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Não é segredo para ninguém que o comportamento e o temperamento de Andy Murray dentro da quadra de tênis transmitem excessiva negatividade. Gestos, gritos, expressões de frustração, mal humor ou má linguagem corporal são comuns em seus jogos.

Sobre isso falou seu ex técnico, Mark Petchey, em conversa com o jornal “daily Mail’, da Inglaterra, que diz ter aceitado a atitude do escocês como ‘um fato’ desde o primeiro dia de trabalho, sabendo que Andy jamais mudaria.

Na derrota em Miami para o búlgaro Grigor Dimitrov, o segundo do ranking quebrou uma raquete e viu sua atual treinadora, a francesa Amelie Mauresmo, trocar de lugar durante a partida, o que definitivamente não é comum. Ela justificou a situação como ‘tentativa de melhorar sua concentração na partida’. No ATP Finals do ano passado, sua equipe já havia se situado em assentos muito mais acima do que o costume.

“Ele é assim e não vai mudar, mesmo que seus treinadores pensem que pode gerar uma melhora de desempenho [a mudança]. Andy fará o que sente que é correto. Falamos sobre como ele era na época em que eu o treinava, mas minha postura não é importante. É sua decisão, ele tem que jogar como quer. Você pode ter seu ponto de visto, mas o jogo e o temperamento são dele”, alegou Petchey, defendendo, de certa forma, o ex pupilo.

Para o antigo treinador e tenista, que chegou a ser o 80º na lista da ATP, em 1994, foi estranho ver Mauresmo longe do box principal. “Um pouco surpreendente [vê-la naquele lugar], não há duvida quanto a isso. Andy tem que averiguar o que funciona melhor para ele. Obviamente, é algo que tem de ser pensado a longo prazo. Na O2 [Arena, local do ATP Finals], todos da equipe foram para um local afastado porque sentem que é algo que o distrai e tira sua energia”.

Mark, que treinou Murray entre 2005 e 2006, opinou, ainda, que as duas últimas derrotas, em Indian Wells e Miami, para Federico Delbonis e Grigor Dimitrov, respectivamente, não têm maior importância. “São um problema passageiro [os dois resultados negativos]. Ele não virou um jogador ruim depois do Aberto da Austrália [onde chegou à final]. Ter um filho pequeno é uma experiência que muda a vida, então ele precisa encontrar um equilibro entre estar com o bebê e tentar melhorar como jogador. Provavelmente, isso será difícil”, finalizou.

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