Vampeta afiado, ‘padrão Fifa’ e técnico rígido: o Audax do mata-mata
Presidente às avessas, Vampeta insistiu em quartas contra o São Paulo no José Liberatti, em Osasco. Time do exigente Diniz treinou em CT que foi usado na Copa do Mundo
Neste domingo, às 18h30, o Audax tem a chance de coroar com uma ida inédita à semifinal o que o presidente Vampeta considera uma campanha excepcional no Campeonato Paulista - primeira vez que a equipe chega às quartas de final. O time de Osasco terminou a primeira fase do Estadual na liderança do Grupo C e tem 90 minutos para eliminar o São Paulo, em casa, no estádio Prefeito José Liberatti. Em campo, o técnico Fernando Diniz armou um verdeiro escudo de proteção aos atletas: concentração desde a última terça-feira, viagem a Sorocaba e distância dos jornalistas.
Os 24 pontos em 15 jogos, fruto de sete vitórias e três empates, deram ao Audax o legítimo direito de disputar as quartas de final do Paulistão em casa. O Tricolor Paulista, por sua vez, com 22 pontos, oriundos de seis vitórias e quatro empates, esboçou certa esperança de ver o jogo ser disputado no Pacaembu, ou até mesmo no Morumbi, por que não? Vampeta tratou logo de cortar...
- Me diz qual é o motivo para a gente sair de casa? Essa ideia ai, isso foi coisa do São Paulo, isso de jogar no Pacaembu ou em outro estádio, nunca passou pela nossa cabeça, não tem necessidade - rebateu, em contato telefônico com a reportagem do L!.
Vampeta assumiu a presidência do Audax há três anos, mas não se considera um típico cartola. Afinal, algumas práticas comuns aos mandatários do futebol não fazem parte de suas escolhas preferidas, como terno e discurso polido. Fez questão de se definir como "um amigo do dono, um cara família", deu respostas curtas e se animou apenas ao falar da campanha do time em 2016.
- Foi a melhor de todas desde quando disputa a primeira divisão do Estadual. É preciso lembrar que esse ano caíram seis e não é fácil se manter, o elenco está realmente de parabéns.
Em campo, méritos de Fernando Diniz, técnico do Audax há três anos e responsável por desenvolver uma filosofia de jogo completamente diferente das habituais vistas no país: seus atletas não têm posição fixa dentro de campo e se movimentam o tempo todo. Muito toque de bola e pouco chutão. Fora de campo, a exigência também é grande...
O grupo de jogadores se reapresentou na última terça-feira e treinou em Osasco. Depois, viajou para Sorocaba se hospedou quarta e quinta no Sorocaba World Sports Center, CT do Atlético Sorocaba, o mesmo que abrigou a seleção da Argélia na Copa do Mundo de 2014. Depois da paz do interior, a atividade de sexta foi realizada novamente em Osasco, os atletas ficaram concentrados em um hotel e depois fizeram novo trabalho na manhã do sábado. Enfim, ficam no mesmo hotel até o horário da partida... Haja pique!