Tratamento até as 3h e dois jogos lesionado: Petros conta seu sacrifício

Volante assumiu o risco de entrar em campo mesmo com estiramento na coxa esquerda e garante que tudo vale a pena para evitar o rebaixamento do São Paulo no Brasileiro

Petros enfrentou o Atlético-PR com estiramento na coxa esquerda
Petros enfrentou o Atlético-PR com estiramento na coxa esquerda (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Mesmo com pouco mais de três meses no clube, Petros já é tratado internamente como um dos líderes do São Paulo. E, agora, virou exemplo de sacrifício. O volante está com um estiramento no músculo posterior da coxa esquerda já há dois jogos, mas sequer foi substituído. E explica a sua rotina para não abandonar o time na briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

- Senti a lesão no primeiro lance do jogo contra o Atlético-MG (na quarta-feira), e consegui jogar o jogo inteiro. Já comecei o tratamento pós-jogo, ficamos tratando lá até quase 3 da manhã. Fiquei três dias, manhãs e noites, tratando para poder chegar em condições. Graças ao pessoal do Reffis, também, consegui fazer, talvez, não o meu melhor, porque tinha algumas limitações, mas consegui ajudar da minha maneira.

A informação inicial era de que Petros era dúvida contra o Atlético-PR, nesse sábado, por um desgaste muscular, tanto que ele nem treinou nos dias seguintes à derrota para o Atlético-MG, na quarta-feira, em Belo Horizonte. Mas Dorival Júnior fez questão de falar que o camisa 6 jogou mesmo lesionado, ressaltando o sacrifício do comando como um exemplo do espírito que o Tricolor precisa para escapar da Série B.

- Não é uma lesão tão grave, mas, normalmente, iria necessitar de duas semanas de recuperação. Assumi totalmente a responsabilidade. É claro que existia um risco muito grande de agravar, mas, neste momento, é o São Paulo acima de tudo. Era o jogo mais importante. Não podemos ficar pensando nos próximos jogos porque, para chegar aos próximos jogos, teríamos que vencer, senão não seria só uma vitória para sair da zona, seriam duas - contou Petros.

- Joguei com muita dor, mas fiquei feliz pela vitória. Nunca tive lesão, e meu limiar de dor é muito bom. O domingo será de folga, mas estarei lá tratando. Faz parte do futebol. Fico feliz e não me arrependo porque foi válido o esforço, principalmente por ver a alegria dos meus companheiros no vestiário e do torcedor no final do jogo - prosseguiu.

Petros não terá folga, como os colegas, e passará o domingo em tratamento, no CT da Barra Funda. Nem cogita ser desfalque contra o Fluminense, na quarta-feira, no Rio de Janeiro, mesmo que seja necessário não participar dos treinos de terça e quarta-feira em preparação para a partida. O jogador até deixou o Pacaembu, nesse sábado, feliz por não ter sentido, aparentemente, nenhuma piora em sua contusão.

- Acho que a lesão não agravou porque estou com a mesma sensação de antes do jogo. Não sei se porque ainda estou no calor do jogo. Neste domingo, tem tratamento mais uma vez. Vou esperar os médicos reavaliarem, mas, neste momento, todo esforço é válido. Tudo que for para somar. Assumi a responsabilidade, falei para o Dorival que eu aguentava jogar e, graças a Deus, aguentei.

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