Nova iluminação, usina solar e ‘geral’: planos do São Paulo para o Morumbi

Clube recebeu da CBF o status de 'melhor grama do Brasil' e faz projetos de modernização do estádio buscando parcerias para minimizar custos; nova iluminação deve sair em breve

Morumbi - torcida
Estádio deve ter nova iluminação em breve, dentro dos planos da diretoria (Foto: Rubens Chiri/São Paulo)

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Ainda em 2018, o Morumbi deve ter, ao menos, novos refletores. Esse é o projeto do São Paulo, que tem um plano de modernização do estádio que conta com projetos como o avanço do anel inferior, construindo uma espécie de "geral", e até a implantação de uma usina de energia solar que poderia abastecer, inclusive, as residências de sócios-torcedores.

O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e seus diretores têm ideias que podem ser implantadas ainda nesta temporada. O foco é buscar parcerias para minimizar os custos saídos dos cofres do clube. E os dirigentes relatam motivos recentes de elogios ao estádio de 58 anos.

A CBF, segundo o Tricolor, deu nota 4,67, em uma variação de 0 a 5, ao gramado do Morumbi. É a melhor avaliação entre os campos do Brasil e, de acordo com o clube, só houve reprovação por conta da drenagem, devido a critério que o São Paulo discorda. Para completar, a Conmebol, que preparou a arena para o jogo diante do Rosario Central no último dia 9, informou que o estádio não precisou de nenhum ajuste para o compromisso pela Copa Sul-Americana, o que cria a possibilidade de ser sede da Copa América de 2019.

Neste cenário, veja abaixo os principais planos do São Paulo para modernizar o Morumbi nos próximos meses:

Nova iluminação
É a medida mais próxima de ser implantada. O São Paulo trocará seus refletores e utilizará LED, com a promessa de aumentar a iluminação para a potência máxima permitida pela Fifa, algo que, segundo o próprio clube, nenhum outro estádio do Brasil oferece - nem mesmo arenas construídas para a última Copa do Mundo.

A medida também tem motivos econômicos. Os novos aparelhos causarão uma redução na conta de energia, atualmente de R$ 500 mil mensais contando estádio e clube social. Os custos cairão para R$ 450 mil por mês, sendo que os R$ 50 mil excedentes servirão para pagamento da empresa que fará o serviço. Na prática, o São Paulo conta que a nova iluminação sairá por custo zero.

Está confirmado que uma empresa da Coreia do Sul será responsável pela inovação. Dirigentes do clube viajarão para o país asiático no próximo mês para concluir o acordo e até acertar novas parcerias para melhorias no Morumbi. Por isso, existe a expectativa de que a implantação esteja completa até pouco depois do Mundial da Rússia, que se encerrará na metade de julho. 

Usina solar
Esse é um dos projetos mais inovadores preparados pelo clube. O plano é cobrir parte do Morumbi, em um setor que deve atingir entre quatro e cinco lances da arquibancada, com uma estrutura de captação de energia solar. A estimativa é de que, com isso, o clube conseguirá produzir o que gasta atualmente de energia e até repassar o excedente para sócios-torcedores, a custo menor do que o cobrado pela AES Eletropaulo.

Geral
A ideia é do presidente Leco: com exceção das partes atrás dos bancos, o projeto é avançar o anel inferior até o gramado. O dirigente sabe que a visão não será tão boa como em outros setores, mas, além de aumentar a capacidade de público, será um setor com uma experiência diferente a quem ocupá-lo, semelhante ao que ocorria na antiga geral do Maracanã.

Existe ainda uma vantagem no quesito de segurança, minimizando acidentes como o ocorrido em jogo contra o Atlético-MG, na Libertadores de 2016, quando comemoração de gol fez a grade ceder e torcedores caíram no fosso. Com a implantação da 'geral', qualquer tumulto acima do que pode ser suportado levaria os são-paulinos para o gramado, diminuindo os danos físicos das pessoas.

Há, contudo, um importante empecilho para o novo setor. É exatamente ali que ficam os banheiros químicos em shows no estádio. Uma solução cogitada é construir uma nova área para o serviço. Por enquanto, não foi nem cogitada a ideia de usar arquibancadas móveis, que poderiam ser retiradas quando o Morumbi recebesse eventos musicais.

Telões
É um projeto considerado, ainda, em fase embrionária. Existe algumas ideias em estudo, e uma delas, tida como a mais moderna, indica telões pendurados em estruturas similares às de cortinas acima do gramado. Já há conversas com a empresa sul-coreana responsável pela troca dos refletores para implantação desse material multimídia e, caso ela vença a concorrência, o São Paulo busca acordo para diminuir o pagamento dos refletores.

Reforma dos vestiários
Há um acordo com a Ambev para fazer mudanças, principalmente, no acesso dos jogadores ao gramado. A ideia é aumentar o espaço de encontro dos times, já que tornou-se um protocolo que as equipes entrem juntas em campo, além de implantar outras modernizações. Assim como a troca de refletores, a expectativa da diretoria é que essas mudanças na estrutura dos vestiários do estádio estejam concluídas ainda nesta temporada.

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