Meio a 0 serve: São Paulo coloca equilíbrio à prova em Campinas

Após começar a temporada sob críticas por gols sofridos, time de Rogério Ceni tem uma das melhores defesas do Brasileiro e, na casa da Ponte, tenta mostrar sucesso da postura

Ceni - São Paulo 2x0 Palmeiras
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Rogério Ceni começou seu trabalho como técnico convicto do estilo ofensivo que queria impor no São Paulo, mas, ao mesmo tempo, ouvindo críticas por sofrer muitos gols. Após três eliminações em menos de um mês, ele reajustou seu sistema defensivo e, neste domingo, às 16h, o recém-adquirido equilíbrio será colocado à prova em visita à Ponte Preta, em Campinas.

O Tricolor chega à partida com uma das melhores defesas do Campeonato Brasileiro, com apenas um gol sofrido em três rodadas. Estatística muito melhor do que a anterior ao início da liga nacional: somando partidas por Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, a equipe sofreu 31 gols em 24 compromissos (média de 1,29 por jogo).

- Estamos aprendendo a sofrer um pouquinho ali atrás. Não estávamos fazendo isso e levávamos gol. Ficando um pouquinho atrás, ficamos mais seguros. É o que estávamos precisando, encontramos o equilíbrio que procurávamos. Se continuar assim, ganhando por 1 a 0, meio a 0, está ótimo – opinou Marcinho.

Desde a primeira rodada do Brasileiro, Ceni adotou o esquema com três zagueiros, como chegou a dizer que não seria sua primeira opção, e opta pelo 3-4-2-1. Na última vitória, sobre o Palmeiras, inovou escalando o atacante Marcinho na ala direita. Com Junior Tavares do outro lado, mantém a força nos flancos, ajudando Cueva e Luiz Araújo, e, ao mesmo tempo, deixando com Jucilei e Cícero a missão de proteger a defesa e fazer a transição.

O São Paulo ainda gosta de destacar que o único gol sofrido no Brasileiro foi por um erro “medonho”, como definiu Ceni sobre o lance em que Maicon se desconcentrou e não viu o Cruzeiro avançar em suas costas para definir o 1 a 0. Além disso, não há tanto prejuízo à força ofensiva: antes do Brasileiro, foram 45 gols feitos em 24 jogos, média de 1,87 por partida, pouco superior à de 1,33 só time na liga nacional, na qual balançou as redes quatro vezes em três rodadas.

Mesmo assim, Rogério Ceni mantém a filosofia de esconder o quanto pode a escalação e a formação tática que adotará. Admite, porém, satisfação pela evolução mostrada nas duas últimas rodadas, quando também bateu o Avaí, no Morumbi, e espera repetir o desempenho neste domingo, no Moisés Lucarelli.

- O futebol é muito impulsivo. Em um dia, está tudo bem, equilibrado. No outro, se não mantiver, já não está mais. Baixamos a média de gols feitos e gols sofridos, então talvez a equipe esteja encontrando um equilíbrio. Espero que possamos manter esse nível de atuação das três primeiras rodadas do Brasileiro – disse o treinador.

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