Esperança por Liberta, Cueva e 2018: Dorival fala livre do rebaixamento

Técnico valorizou ponto somado no 0 a 0 com Botafogo, no Pacaembu, diz que São Paulo buscou a vitória o tempo todo e avisou que peruano não tinha condições de ser titular

São Paulo x Botafogo
MARCELLO FIM / RAW IMAGE

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Dorival Júnior não mostrou alívio ao longo de sua entrevista coletiva após o 0 a 0 diante do Botafogo, neste domingo, no Pacaembu. O São Paulo está matematicamente livre do rebaixamento no Brasileiro, e o técnico já avisou que, nesta segunda-feira, deve iniciar com a diretoria o planejamento para 2018. E ainda tem esperança de uma vaga na Libertadores.

- Foi um resultado que não deixa de ter importância. Gostaríamos de ter a vitória, a procuramos do início ao fim, exigimos muito do Botafogo, mas não fomos felizes nas definições. Só que não deixamos de ser agressivos, de buscar o gol a todo momento. É natural que os jogadores saiam sentindo o que foi buscado, e não alcançado. Era nosso objetivo vencer e ter possibilidade maior de, de repente, buscarmos uma posição ainda melhor. É uma pena que não tenha acontecido a vitória - lamentou.

Mas o principal tema abordado por Dorival foi Cueva. Após classificar o Peru para a Copa do Mundo, o meia deveria voltar ao Brasil na sexta e treinar no sábado. Mas desembarcar no País apenas no começo da manhã deste domingo e, por isso, ficou no banco, entrando apenas no segundo tempo - o camisa 10 foi multado pela diretoria por conta do atraso.

- Houve atraso, ele chegou 6 da manhã, descansou até momentos antes da partida. Não tinha como escalar, porque não treinou e seria um risco muito grande. Aproveitamos quando sentimos que Botafogo caiu de rendimento. Em razão dos horários, não poderia ser diferente. Aproveitamos o máximo possível de um jogador que viajou a madrugada toda e não trabalhou como foi combinado - explicou Dorival, rebatendo qualquer acusação de privilégio a Cueva.

- Toda situação é tomada em consenso, ninguém passou a mão na cabeça de ninguém. Diretoria vai saber resolver, e vamos fazê-lo sem alarde. Os jogadores têm consciência do que aconteceu. Aguardávamos Cueva ontem, não aconteceu e, para quem não conhece recuperação física, seria impossível colocá-lo desde o início. Se tivesse participado do treino e retornado quando imaginávamos, eu o escalaria. Mas não tinha como fazer de maneira diferente. Internamente, ele me explicou o que aconteceu.

Confira outros temas abordados por Dorival em sua entrevista neste domingo:

2018

Vamos conversar a partir de amanhã. Nada foi adiantado, incomodava nossa situação na tabela, não poderíamos relaxar. Temos ainda um objetivo maior, vamos ver o fim da rodada, mas terminar campeonato da melhor forma. Só quem está lá dentro sabe como foi um trabalho complicado, muito difícil. Falar em obrigação... Nem sempre vai acontecer. No ano passado, uma grande equipe teve dificuldade e não se recuperou, e poderia acontecer o mesmo no São Paulo. Foi com muito esforço de todos que não aconteceu, todos são dignos de elogio.

Shaylon
O Cueva é um grande jogador, diferenciado, faz falta para qualquer equipe. Gostaria de contar com ele. Mas Shaylon fez bela apresentação. Ficou mais maduro, consistente, e precisa de tempo para ter maturação completa. Já tinha sido lançado antes de mim e, em pouco tempo, vai produzir mais.

Brigar contra o rebaixamento
Todos precisam aprender com isso. O São Paulo sempre brigou em cima e precisa voltar a ser protagonista. Não sou a favor de contratar por contratar. Mas vamos conversar amanhã. A diretoria é competente para analisar e corrigirmos para melhorar o que apresentamos, para ter 2018 completamente diferente. 2017 fica para trás. Coisas boas aconteceram, mas sinais negativos precisam ser muito bem avaliados para não passarmos por essa situação. O São Paulo é muito grande e precisa caminhar para situações diferentes.

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