Diretor do São Paulo nega contrato com bônus por venda de jogadores

Gustavo Oliveira disse que não receberá por participação direta em negociações, mas que terá vencimentos por produtividade em cima de resultados esportivos

Diretor explica demissão de Doriva e descarta Ceni como técnico
Em entrevista coletiva, o diretor-executivo do São Paulo, Gustavo Oliveira,  também explicou a demissão do técnico Doriva e descartou a possibilidade de Rogério Ceni assumir o comando da equipe.

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O diretor-executivo Gustavo Oliveira disse nesta segunda-feira que não terá ganhos em vendas futuras de jogadores do São Paulo. Um contrato que previa bônus para o dirigente em transações com atletas que ele trouxesse para o clube foi divulgado na semana passada pela jornal "Folha de S. Paulo". Gustavo, porém, admite receber por produtividade, mas sobre resultados com a equipe, como título ou classificação para a Libertadores, por exemplo.

- Quando voltei, como não tenho origem política, foi colocada uma remuneração variável. Não há e não haverá nenhuma implicação direta sobre transferência de atleta. O que há é uma remuneração variável, que ainda está sendo discutida e que será feita da forma que atenda ao interesse do clube - declarou o dirigente.

O contrato divulgado pela Folha, que ainda não tinha sido assinado, previa bônus de 1% (base) e 3% (profissional) em cima do lucro de futuras vendas, com atletas que fossem captados pelo dirigente. Os termos foram confirmados na matéria pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, mas Gustavo, ao divulgar novas possibilidades, discorda que tenha sido uma volta atrás.


- Não é volta atrás, longe disso. Alguns conceitos foram debatidos, e isso está em andamento. Pra mim o que é importante nessa remuneração variável é ter o resultado esportivo, isso é o que mais me estimula - ponderou o diretor.

Gustavo virou gerente-executivo do São Paulo em meados de 2013, ainda na gestão Juvenal Juvêncio. Foi importante na montagem do elenco vice-campeão brasileiro de 2014, mas não era unanimidade dentro da diretoria de Carlos Miguel Aidar, sucessor de Juvenal. Era homem de confiança do vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro, mas não tinha ideias alinhadas com o ex-presidente. Tanto que deixou a diretoria em maio deste ano alegando que o futebol "tomaria novos rumos dentro dos quais ele não se via como parte". Depois disso, Aidar deu início ao desmanche do elenco ao passo em que surgiram as denúncias que o levaram a renunciar.

'Alguns conceitos foram debatidos, e isso está em andamento. Pra mim o que é importante nessa remuneração variável é ter o resultado esportivo, isso é o que mais me estimula'

Com a entrada de Leco na presidência, há cerca de um mês, Gustavo foi convidado a voltar e ganhou mais força no futebol do São Paulo, no cargo de diretor-executivo. No período que ficou fora, ele visitou países na Europa, ficou perto de gerenciar um clube em Portugal, razão pela qual recusou convites de Coritiba e Cruzeiro. O executivo tem formação acadêmica e uma raiz no futebol, por ser filho do ex-jogador Sócrates, irmão de Raí, ídolo do São Paulo.


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