Conselho do São Paulo aprova balanço com déficit de R$ 72 milhões

Por unanimidade, conselheiros aprovaram as contas que envolvem período maior da gestão de Carlos Miguel Aidar. Ex-presidente compareceu à reunião

Carlos Miguel Aidar (foto:Ale Cabral)
Carlos Miguel Aidar foi o presidente a mais tempo na temporada do ano passado. Ele renunciou em outubro (foto:Ale Cabral)

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O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou, na noite da última terça-feira, o balanço contábil referente ao período de 2015. Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a conta com um déficit de R$ 72 milhões. Em 2014, o clube fechou no vermelho com R$ 100 milhões.

As contas são referentes a dez meses da gestão de Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo em outubro do ano passado. Inclusive, o advogado esteve presente na reunião do Conselho, que gerou expectativa por ser referente ao período de maior polêmica do clube, em que a gestão Aidar vendeu oito jogadores e depois foi acusada de desvio de recursos através de comissões. O documento ainda considera dois meses de gestão Carlos Augusto de Barros e Silva.

O balanço não representa a dívida do clube, que é maior. Até o fim do ano passado, o São Paulo registrava cerca de R$ 270 milhões em passivos, entre fiscal e bancário, com juros de cerca de R$ 8 milhões ao mês.

A reunião ocorreu em clima tranquilo e, de acordo com conselheiros, foi mais curta do que de costume. Começou por volta das 19h30 e acabou por volta das 21h30 - geralmente, vai até 0h.

Também na reunião, o presidente do Conselho, Marcelo Pupo, enviou à Comissão de Ética uma investigação sobre o presidente Leco. Como diretor de futebol em 2003, na gestão de Marcelo Portugal Gouvêa, o dirigente aprovou o pagamento de uma comissão aos empresários do lateral-esquerdo Jorginho Paulista. A dívida foi paga pelo São Paulo no ano passado, em cerca de R$ 2 milhões, valor corrigido. Os conselheiros que fizeram a denúncia querem que, se constatada irresponsabilidade do presidente, ele arque com a dívida.

Pupo também encaminhou à Comissão de Ética o caso do assessor da presidência Rodrigo Gaspar. Após derrota para o The Strongest (BOL), pela Libertadores, Rodrigo criticou jogadores como Rodrigo Caio e Michel Bastos e o então coordenador técnico Milton Cruz.

Chamou atenção de conselheiros que outros assuntos recentemente comentados no clube não foram abordados na reunião. Casos, por exemplo, da passagem do atacante Kieza, negociado com o Vitória após ser comprado por R$ 4 milhões e ter disputado apenas dois jogos; a contratação do gerente de marketing Alan Cimerman, com salário de R$ 35 mil ao mês e a demissão de Milton Cruz.

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