Como a perda de Bauza pode deixar o Tricolor forte na busca por substituto
Em menos de um ano, São Paulo teria levado dois técnicos de países sul-americanos a seleções de alto escalão, um forte poder de negociações para contratar um novo técnico
Perder um técnico no meio de uma temporada costuma ser razão para lamentações dos clubes. Não que o São Paulo ficará feliz com uma eventual saída de Edgardo Bauza para a seleção argentina, mas o clube pode ganhar um forte trunfo nas negociações de um possível substituto para Patón.
Se a Associação de Futebol Argentino optar por Bauza para assumir a seleção local, em detrimento a Miguel Ángel Russo, o Tricolor terá cedido o segundo treinador para uma seleção de nível elevado em menos de um ano. Afinal, em outubro de 2015, o colombiano Juan Carlos Osorio assinou com o México.
Por mais que os fatos possam ser vistos como uma coincidência ou combinação de acasos, o São Paulo usará essa imagem de vitrine mundial como carta alta para contratar seu novo técnico. Principalmente porque esse substituto de Bauza tende a ser um estrangeiro, mais uma vez.
O clube paulista não vê nenhum profissional brasileiro - entre os disponíveis no mercado - que se encaixe no projeto de longo prazo pensado pelo diretor-executivo Gustavo Oliveira. E a cúpula tricolor admite que relembrar o histórico recente de Osorio e, possivelmente, de Patón pode atrair nomes do exterior.
A situação de Bauza não deve demorar a ser definida, já que a AFA pretende anunciar o sucessor de Tata Martino, demitido após o vice-campeonato da Copa América Centenário, no início da próxima semana. Já o São Paulo costuma não ter pressa para contratar, principalmente os técnicos, como foi com Patón e Osorio, em negociações de Gustavo Oliveira.