Calleri nega racha entre argentinos e brasileiros e sonha com gol no River

Ex-atacante do Boca Juniors, principal rival do adversário do São Paulo na Libertadores, argentino fala sobre clima no elenco e explica jejum de gols: 'Jogo era mais lento'

Calleri se irrita com pergunta e nega racha
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Ao contrário de Centurión, que tem fama de introspectivo, o argentino Jonathan Calleri mostra personalidade no grupo do São Paulo. Nesta terça-feira, o centroavante concedeu entrevista coletiva e negou que haja um racha entre argentinos e brasileiros no elenco. Com a insistência no tema, o camisa 12 chegou a ficar incomodado.

Primeiro, Calleri foi perguntado se o relacionamento dos argentinos com os demais era tranquilo e se não incomodava o fato de Bauza, também argentino, escalar ele e Centurión quase sempre no time.

- Não tem que perguntar a mim isso. Se um técnico me coloca, é porque tenho condições. Se sou brasileiro, argentino, chileno, dá no mesmo. A mim nunca ninguém reclamou se jogo porque sou argentino. Vim porque o clube me queria, para ajudar o clube, se sou brasileiro, argentino, isso fica à margem do clube - afirmou.

Depois, Calleri ouviu que há indícios de racha no elenco e conflito dos brasileiros com os argentinos. Parte do elenco reclama da insistência de Edgardo Bauza com a dupla.

- Não compreendo onde queres chegar. Eu me dei bem com brasileiros, com uruguaio, chileno, tenho falado com Lugano, Mena, Ganso. Estamos falando para nos conhecer mais. Não entendo essa pergunta, comparação por sermos argentinos. Estamos todos tentando - disparou o gringo.

Ele também deu explicações sobre a má fase que vive. Após marcar três gols nos dois primeiros jogos, está há oito sem balançar redes. Callleri fez um mea-culpa.

- Sabia que seria difícil, que as duas partidas não eram a análise direta. O jogo argentino é muito diferente, mais lento, e tenho que me adaptar. Tenho que melhorar, isso faço um mea-culpa para mim e o resto do grupo. Há coisas que tenho de melhorar, há coisas que tem de melhorar a equipe. O entrosamento tem de ser melhor e temos condições de melhorar - disse Calleri, confirmado como titular para o jogo contra o River Plate (ARG), na próxima quinta-feira, em Buenos Aires.

Será, aliás, a primeira vez que o atacante retornará ao seu país depois de se despedir do Boca Juniors (ARG), seu ex-clube. O duelo é justamente contra o maior rival e Calleri sonha em marcar um gol. No entanto, descarta comemorar imitando uma galinha, como já fez o ex-companheiro Carlitos Tevez. Galinha é um apelido pejorativo dado aos torcedores do River por rivais. Tevez fez o gesto em 2004, no Monumental de Núnez, casa do River, após marcar pela Libertadores.

- (Risos) Não (não pensa em comemorar), até porque Carlitos já fez, e estou muito distante disso. Mas é um sonho para mim marcar um gol contra o rival - afirmou Calleri, que não acha impossível o São Paulo ganhar do gigante argentino.

- É possível, tem grandes jogadores, perderam um dos melhores, que é Maidana. Não sei como irão, sabemos que não têm os mesmos jogadores do passado. Tomara que todos possam dar o melhor para ganhar. Não é impossível, se pode sim ganhar lá - concluiu.

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