Bauza teme baixa de Calleri no Choque-Rei e avisa: ‘Nos mataremos’

Técnico do São Paulo dúvida que Jony terá condições de encarar o Palmeiras: 'Não posso assumir riscos que provoquem uma lesão que o tiraria por três semanas'

Jony Calleri
Argentino mais uma vez fez somente treino físico no gramado do CT (Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

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O São Paulo está perto de chegar a oito desfalques para encarar o Palmeiras, às 16h de domingo, em clássico da quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Jonathan Calleri, que mais uma vez apenas correu no gramado do CT da Barra Funda, dificilmente terá condições físicas para disputar o Choque-Rei. Pelo menos é o que diz o técnico Edgardo Bauza.

- Jony não treinou com bola ainda, amanhã (sábado) será reavaliado, mas não creio que comece jogando. Não tem uma lesão, está evoluindo bem, mas não acredito que terá condições de começar um jogo tão importante. Não posso assumir riscos que provoquem uma lesão que o tiraria por três semanas. Se ele sofrer uma lesão,, pode ficar 20 dias fora. Falaremos com médicos, fisioterapeutas e fisiologistas se pode jogar, ir ao banco ou nada - disse Patón.

O caminho, então, pode ficar livre para Alan Kardec ser titular pela segunda partida consecutiva, algo que não acontece desde março. O camisa 14 atuou os 90 minutos do empate em 1 a 1 com o Coritiba na última quarta-feira e é a primeira opção de Bauza para encarar o Palmeiras no Morumbi. E o treinador demonstra otimismo com o centroavante, que só fez um gol em 2016.

- Ele tem entrado muito bem em alguns jogos, mas sem a continuidade que teve Calleri. E alguns necessitam dessa sequência. Na quarta-feira teve grandes chances, acertou a trave e fez uma boa partida, mas sem sequência é mais difícil. Estou satisfeito com ele - opinou o comandante argentino.

Calleri não marca há quatro jogos, mas é o artilheiro do São Paulo no ano com 12 gols

Se confirmada a baixa de Calleri, ele se juntará ao zagueiro Breno, aos laterais Caramelo e Carlinhos, ao volante Hudson e ao meia Michel Bastos, que tratam problemas físicos no Reffis. Além do quinteto, Bauza também não poderá contar com Rodrigo Caio e Mena, que estão servindo Brasil e Chile, respectivamente, na disputa da Copa América. No caso de Callleri, o desfalque seria sentido pelos 12 gols e pela luta do artilheiro do time no ano.

- A característica de Calleri é essa, de brigar, por isso se transformou em um jogador importante para a equipe. O São Paulo tem identidade. Pode jogar bem ou mal, mas tem essa identidade e isso não vamos perder. Isso me deixa tranquilo. A equipe tem demostrado no último mês um crescimento futebolístico importante e, mais do que tudo, no que transmite à torcida. Não vamos perder isso. Não posso assegurar que ganharemos domingo, mas asseguro que daremos tudo e nos mataremos para ganhar - avisou.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Edgardo Bauza:

O São Paulo não vence um clássico há dez jogos. O quando isso pesa?

​Temos que ganhar no domingo, de resto não posso falar nada. É muito cedo para dizer que é um jogo determinante. Sim, creio que é um jogo para encarar de outra forma, ainda mais que o Palmeiras teve duas semanas só de treino antes do Brasileiro e nós só temos algumas horas de descanso. Temos muitos problemas musculares, como Grêmio também teve agora três lesionados. Não há como sustentar tantas partidas seguidas, mas é um tema velho. Será um clássico importante, queremos ganhar e armaremos a melhor equipe possível.

Alan Kardec - São Paulo
Alan Kardec soma um gol na temporada, marcado em clássico contra o Santos (Foto: Maurício Rummens/Fotoarena/Lancepress!)

Falta vencer um clássico para ter mais confiança e tranquilidade?
​Não creio que temos essa desconfiança ou uma irregularidade. No Brasileirão armamos times que não foram as mesmas da Copa Libertadores, ganhamos uma, perdemos outra e empatamos a última. E será assim por lesões, convocações... São jogadores importantes que estão fora. Vamos tentar fazer com que eles voltem logo. Domingo é um clássico importante, então precisamos disputar da melhor maneira. Se ganharmos, obviamente, será um golpe anímico importante.

Como será o Morumbi com torcida apenas do São Paulo?
Não sou a favor disso, gosto de ver as duas torcidas, um clima especial nos estádios, mas são as regras do jogo. A torcida é uma força que move a equipe, como tem sido nas partidas da Copa Libertadores. Eles empurraram a equipe e foram presenteados com os resultados. Seria especial que eles fosse em peso ao estádio novamente, porque certamente deixaremos tudo por eles.

Qual a realidade do São Paulo para o Brasileirão?
Se tivesse todos os atletas bem, teríamos a mesma condição dos favoritos. Esse campeonato é diferente de todos do mundo, porque há 15 favoritos. É algo raríssimo, competitivo. Tenho que me preparar para um torneio longo como esse e que terá muito vaivém. São muitas competições ao mesmo tempo, jogos quarta e domingo. Previmos 73 a 82 partidas no ano, chegando a duas finais. Não vi isso em nenhum lugar no mundo. Hoje tenho cinco machucados e dois em seleções, o que me tira sete atletas dos próximos três jogos, pelo menos. Vamos ver quem está melhor para o clássico.

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