Após denúncia de Aidar, vice do São Paulo pede para ser investigado

José Francisco Manssur foi relacionado por ex-presidente com verba paga a empresário e colocou seu sigilo bancário à disposição em reunião do Conselho. Denúncia será apurada

Aidar, presidente do São Paulo (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)
Ex-presidente Carlos Miguel Aidar renunciou após denúncias (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)

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A última reunião de Conselho Deliberativo do São Paulo, na noite de terça-feira, teve desdobramentos de denúncias feitas pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar contra o vice-presidente de comunicação e marketing José Francisco Manssur e o diretor-executivo Gustavo Oliveira. Em entrevista ao Diário de S. Paulo, no último domingo, Aidar, que renunciou em outubro após denúncias de corrupção, citou valores pagos pela gestão do ex-presidente Juvenal Juvêncio ao empresário Eduardo Uram e sugeriu relação da dupla com as negociações. Na reunião de terça, Manssur se defendeu.

Após a entrega de um pedido de investigação da relação de Manssur e Gustavo com Uram, o vice discursou no Conselho. Pediu, inclusive, para ser investigado e colocou seu sigilo bancário à disposição. Manssur também entregou papéis que, segundo conselheiros ouvidos pela reportagem, seriam extratos bancários de suas movimentações nos anos em que esteve na diretoria de Juvenal como assessor da presidência.

Na entrevista ao Diário, Aidar disse que "o São Paulo pagou R$ 9,5 milhões ao Tombense, clube que é barriga de aluguel do Eduardo Uram. O mais curioso é que o Uram já foi cliente do escritório de advocacia do Gustavo Oliveira, do Francisco Manssur".

Na gestão de Juvenal Juvêncio, o clube chegou a ter dez jogadores agenciados pelo empresário, que sempre negou com veemencia qualquer acusação de irregularidade, explicou as negociações e desafiou quem quisesse a provar possíveis denúncias.

Manssur e Gustavo foram sócios do escritório AMVO, que prestou serviço ao São Paulo durante a gestão de Juvenal, morto na última quarta-feira, dia 9. Com a chegada ao cargo de gerente-executivo em 2013, porém, o filho de Sócrates desfez a sociedade no escritório de advocacia para se dedicar à carreira de dirigente. A reportagem tentou contato com Gustavo e Manssur, mas não obteve êxito.

Na reunião de Conselho, o presidente Marcelo Pupo Barboza, nomeou o desembargador José Roberto Opice Blum para substituir o Wilton Brandão Parreira Filho como presidente Conselho de Ética e Disciplina. O órgão será responsável por apurar a briga entre o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro e Aidar, bem como a gravação que aquele disse ter feito deste admitindo desvio de dinheiro do clube.

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