ANÁLISE: Poder de reação mostra que elenco do São Paulo tem sim ‘cabeça fria e coração quente’

Tricolor segue em todas as frentes de disputas, mantém vivo sonho de título e auto-estima de uma torcida que aprendeu a sofrer nos últimos anos

Luciano e Aloísio Chulapa - comemoração São Paulo
Aloísio Chulapa festeja classificação nos pênaltis com Luciano, nos vestiários (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

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Força mental, 'cabeça fria', equilíbrio e poder de reação. Todos esses foram adjetivos que o torcedor do São Paulo se acostumou a ler quando se tratam dos principais rivais nos últimos anos. Mas e o Tricolor? Se há uma lição que possa ser tirada da classificação à final da Copa Sul-Americana nos pênaltis na quinta-feira, no Morumbi, sobre o Atlético-GO, é que enquanto houver uma camisa vermelha, preta e branca em campo, ela merece ser respeitada.


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Em meio a uma das piores crises técnicas e diretiva da temporada, em que chegou a seis jogos sem vitórias e vê o presidente Julio Casares lutar nos bastidores pelo direito de mudar o estatuto e se reeleger, os comandados de Rogério Ceni mostraram sinais de recuperação, ao jogarem bem nos 90 minutos e saírem classificados nas penalidades.

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Surpreendente? Só para quem não acompanha o Tricolor na temporada. Alguns dados precisam ser exaltados. O São Paulo é um dos poucos times do futebol mundial a conseguir vencer nas quatro linhas o Palmeiras, temido rival dos tempos atuais. O eliminou na Copa do Brasil, inclusive. Tem um aproveitamento surpreendente em casa, onde sua torcida quebra recordes de público mesmo com a campanha fracassada do Campeonato Brasileiro. E os pênaltis? Esses são um caso a parte. A equipe saiu vitoriosa nas últimas cinco vezes em que precisou disputar esse método de desempate.

Evidente que muita coisa precisa melhorar. Evidente que cicatrizes ficaram após a conturbada passagem do clube por Cuiabá no último final de semana, por exemplo, quando Ceni bateu boca com torcedores que ofenderam atletas. Mas é evidente também que na hora de decidir, o amálgama entre time, estádio e torcida se realiza e faz o Tricolor superar adversidades para conseguir sonhando com títulos.

Constantemente com semblante abatido, constantemente se auto flagelando pelo que o time do seu coração, onde conseguiu ser ídolo em campo, Ceni prometeu apenas uma taça, a da Sul-Americana. E dia 1º de outubro o São Paulo estará em campo para decidi-la com o Independiente del Valle, do Equador, em Córdoba, na Argentina.

Alguém ainda tem coragem de duvidas do único tricampeão mundial e da equipe que mais disputou torneios continentais no Brasil? Se sim, está na hora de rever seus conceitos parceiro. Cabeça fria, coração quente e clubismo de lado. Ceni e seus pupilos merecem. E uma torcida que se acostumou a sofrer nos últimos dez anos também. É por eles que o Morumbi precisa voltar a se agigantar. Porque por eles o sentimento nunca vai acabar, por mais que os dirigentes se esforcem...

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