Vanderlei repete sina de campeões no Peixe e ‘conversa’ com ídolo santista

Camisa 1 é o goleiro com mais defesas no Brasileirão e tem feito que segue a linha de arqueiros campeões na Vila Belmiro. Rodolfo Rodríguez faz elogios 

Vanderlei - Santos
(Foto: Ivan Storti / Santos FC)

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Barba, poucos sorrisos, seriedade e rapidez debaixo das traves. Não é a primeira vez que esse é o estilo de goleiro favorito para a torcida do Santos. Em 1984, o “escolhido” era Rodolfo Rodríguez. Hoje, Vanderlei é o cara. As semelhanças animam os torcedores e os protagonistas da história. Tanto que ambos trocam elogios.

– Tenho acompanhado o Santos, lógico. O Vanderlei foi melhorando muito. Goleiro que, para mim, é como Rafael, que ganhou a Libertadores. Fico feliz por ele, pelo clube e pela torcida ter encontrado um goleiro à altura das exigências – disse o Rodolfo Rodríguez ao LANCE!.

– Rodolfo é um mito. Foi espetacular. Todos aqui falam bem dele, inclusive fora do campo. Tem que manter sequência, agradeço que ele acompanhe – respondeu Vanderlei ao ser informado sobre o elogio do ex-arqueiro santista.
Se o Alvinegro tem a defesa menos vazada do Brasileirão, não é só porque a marcação está funcionando. É também por Vanderlei, o arqueiro com mais defesas na atual edição do Campeonato Brasileiro (90 no total), seguido por goleiros de América-MG e Vitória.

Repetindo a sina de goleiros santistas que crescem na reta final de competições conquistas, como Fábio Costa no Brasileirão de 2002 e Rafael na Libertadores de 2011, Vanderlei repete defesas difíceis mesmo quando o Peixe vence.

Por mais que tudo isso leve o camisa 1 a sonhar em ser um dos melhores do Brasil, ele preferia “trocar” esse posto pelas conquista de seus antecessores. A seis pontos do líder Palmeiras, Vanderlei está de olho mesmo é no título brasileiro:

– Vou dar o meu melhor até a última rodada. O principal é o coletivo. Queremos a melhor colocação do campeonato, independentemente de títulos individuais.

Confira a entrevista exclusiva com Vanderlei, goleiro do Peixe, ao LANCE!:

A torcida grita seu nome durante a maioria dos jogos em casa. Acredita que falta pouco para se tornar ídolo no clube?


Nem pensamos nisso. Esses jogadores como Rodolfo, Fábio Costa e Rafael fizeram história e tiveram muito tempo de clube. Estou galgando espaço e no segundo ano de Santos ainda. Todo jogador quer ficar marcado. Temos de pensar em bons trabalhos e títulos. O mais importante é isso, carinho da torcida vem com bom trabalho realizado.

O Santos tem a melhor defesa do Brasileiro e você o maior número de defesas. Como avalia isso?

Sempre digo que esse mérito não é só de defensores. Todos se doam, desde o ataque. O adversário sempre vai criar, por isso temos que estar ali para não levar o gol. Jogamos de forma compacta, está difícil entrar no nosso sistema defensivo.

Tem chamado a atenção a sua participação com os pés ao longo dos jogos. Por que tem sido mais exigido com os pés?

É muito característico de treinador, tem quem goste ou não. É fundamental trabalhar bem para no jogo sair certinho. Eu já fazia isso nos treinos, mas é algo que depende da característica do time, jogadores que sabem sair. Desde a base treinadores cobram isso. Para mim não foi difícil.

Apesar de ter goleiros que sabem jogar com os pés, ainda não é muito comum outros times exigirem tanto. Por que é incomum?

Não só no Brasil. Mudou mundialmente. É uma cobrança que está vindo. Vimos o Neuer fazer bem isso. O Guardiola pede. É uma evolução do futebol, não podemos parar no tempo, se vem para melhorar, temos que nos adaptar. Nos aquecimentos da Liga dos Campeões, os goleiros trabalham com os pés também, não é mais só com as mãos.

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