‘Com futebol técnico, bicampeonato honra as tradições do Santos’

Editor do LANCE! fala sobre arrancada histórica do clube no campeonato estadual e cita os principais pontos que levaram o time a preencher mais sua sala de troféus

Em 2006, Santos foi campeão ao vencer a Portuguesa por 2 a 0, na última rodada, na Vila
(Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

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O quarto bicampeonato paulista do Santos retrata bem a recuperação do protagonismo do clube no estado. Nos tempos românticos, foram duas as dobradinhas – 55/56 e 64/65. Na nova era, após a virada do século, o título de 2016 repete o duplo êxito de 2006/07. No meio deles, um tri (2010/11 e 12), em uma meia emulação da turma de Pelé, tricampeã duas vezes (1960/61/62 e 1967/68/69).

Para além dos números, que são os maiores arautos dessa ressurreição alvinegra, há o futebol em si. O time campeão deste ano, tendo na posse de bola, com o cuidado fino do fundamento do toque, o seu caráter principal, honra a tradição santista. Mesmo que na decisão o estilo tenha mudado, pautado nos contra-ataques para adaptar-se às características do Osasco Audax. E isso sob o comando de Dorival, justamente o técnico que guiou a inesquecível equipe de 2010, a mais lembrada pelos torcedores nessa década de intimidade com as taças estaduais. Se naquela oportunidade, foi a máquina de fazer gols o carimbo maior (foram 72 em apenas 23 jogos), na campanha da 22º conquista a solidez foi o carro-chefe. O time sofreu apenas uma derrota, para o Red Bull, ainda na primeira fase.

A Vila Belmiro deu novamente contribuição fundamental. O Santos termina mais um Campeonato Paulista invicto em sua casa. Faz pouco mais de cinco anos que não perde no local em jogos da competição. A Vila abrigou todas as partidas decisivas, contra São Bento (quartas de final), Palmeiras (semifinais) e Osasco Audax (final). O time soube tirar proveito do mando e, com a segunda melhor campanha na primeira fase, acabou decidindo onde mais gosta.

O time-base na campanha foi quase sempre o mesmo. Apenas uma vaga sofreu mexidas e remexidas, a do companheiro de Gabigol e Ricardo Oliveira na frente. Ou, a depender do esquema, a de um homem a mais no meio de campo. Paulinho, Patito, Serginho e Vitor Bueno atuaram nessa ciranda específica.

No gol, a segurança sem espalhafato de Vanderlei; nas laterais, os participativos e ofensivos Victor Ferraz e Zeca; na zaga, David Braz e Gustavo Henrique tiveram suas oscilações, mas compensaram-nas com raça; O garoto Thiago Maia e o veterano Renato deram técnica e vitalidade no início das jogadas; ainda no meio, Lucas Lima foi o termômetro, o condutor do jogo; na frente, os artilheiros Ricardo Oliveira e Gabibol se completaram. O camaronês Joel deu contribuição, assim como Paulinho e Ronaldo Mendes. Todos participaram da conquista que pôs o Peixe, ao lado do Palmeiras, como segundo maior campeão paulista.

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