Por comissões e Alison, órgão sugere reprovação de contas do Santos

Conselho Fiscal dará parecer para reprovação de contas de 2015 em reunião do Conselho do Santos na próxima semana. Comissões e compra de Alison são motivos

Modesto Roma Júnior - Santos
Conta do primeiro ano de Modesto na presidência serão votadas (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo / Santos FC)

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Os conselheiros do Santos receberam nesta quarta-feira um levantamento do balanço patrimonial do clube, feito pela empresa Macso Legate Auditores Independentes. De acordo com o documento, o Conselho Fiscal do clube dará parecer para que as contas de 2015, o primeiro ano da gestão de Modesto Roma Júnior à frente do Peixe, sejam reprovadas. A reunião do Conselho Deliberativo acontecerá na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro.

A informação foi divulgada pelo site globoesporte.com e confirmada pelo LANCE!.

Os principais pontos do levantamento são comissões pagas a intermediários de renovações de contrato de jogadores que já estavam no clube, como foram os casos de David Braz e Victor Ferraz e a compra de 70% dos direitos de Alison, que haviam sido vendidos ao Banco BMG na gestão de Odílio Rodrigues, em 2014.

De acordo com o levantamento, foram gastos R$ 3.769.250 com intermediações em 2015. A somatória inclui: R$ 600 mil gastos na renovação do lateral Caju, R$ 580 mil pelo acerto de extensão contratual com zagueiro David Braz, R$ 326 mil por Victor Ferraz e R$ 440 mil e R$ 420 mil, e R$ 440 mil e R$ 420 mil para contratar e renovar com Ricardo Oliveira.

Em uma parte do documento, o Conselho Fiscal critica o pagamento de comissão para contratar o técnico Dorival Júnior.

" Intermediação na contratação de Comissão Técnica – O clube, neste caso, realmente inovou, até na contratação da comissão técnica, pagamos intermediação. Não pretendemos nos estender neste assunto, o que aqui já foi dito, acreditamos ser mais do que suficiente para expressar nossa opinião.", foi escrito em parte do relatório.

No caso do volante Alison, que teve 70% de seus direitos vendidos ao Banco BMG em dezembro de 2014, o Peixe readquiriu o mesmo percentual. No entanto, a venda foi de R$ 4.785.000 e a compra de R$ 7.547.000 por conta de juros estabelecidos em contrato da nova compra.

No artigo 68 do estatuto do Santos, a reprovação de contas pode implicar até no impedimento de presidente e vice. Foi neste artigo que o ex-presidente Odílio Rodrigues foi enquadrado para que sua expulsão do quadro de sócios do clube fosse votada no Conselho.

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