Peres contradiz discurso sobre Nenê no Santos: ‘Nunca pedi’

Presidente soltou nota oficial à imprensa na madrugada de quarta-feira indo contra Gustavo Vieira por Nenê. Porém, voltou atrás e nega que tenha pedido a contratação

Peres
Presidente se contradiz sobre Nenê no Santos (Foto: Ivan Storti)

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O presidente José Carlos Peres se defendeu de algumas situações no Santos em nota oficial à imprensa na madrugada da última quarta-feira. Entre os assuntos, Nenê foi citado pelo mandatário, que foi contra o executivo Gustavo Vieira e pediu a contratação do meia.

Porém, nesta sexta Peres se contradisse no discurso e afirma que nunca cogitou a chegada de Nenê no Peixe.

- Nunca pedi o Nenê para ele. Nenê nunca esteve nas nossas pretensões. Nunca discutimos sobre isso. Pensamos no Nenê quando assinou com o São Paulo e foi abortado - disse em entrevista coletiva na Vila Belmiro.

Relembre parte do posicionamento do cartola em nota oficial:

"Peres, nesse sentido, também não disseminou a informação (mal) trazido por Juca em seu blog. Peres recebeu de Gustavo a decisão de não contratar Nenê e, como não resolve as coisas na canetada, acatou, a despeito de discordar e querer, sim, o jogador."

O texto foi direcionado ao jornalista Juca Kfouri, que publicou em seu blog na UOL que Peres é um presidente que não preside. Veja a nota completa na íntegra:

“Na tarde de hoje o blogueiro do UOL, Juca Kfouri, escreveu, mas não apurou. Sem cautela, pode voltar atrás naquilo que relatou tendo ouvido apenas uma das partes envolvidas.

Juca, jornalista respeitado e que construiu sua carreira com merecidas premiações, dessa vez delegou à outrem o direito da apuração (direito sim, porque é um blog, espaço opinativo e não jornalístico). Não citamos o nome porque primeiro não nos cabe e, segundo, porque nos parece evidente. Acontece que a quem delegou tal apuração, não o deveria ter feito. Porque errou. Errou na absurda (e leviana) história de um contrato perdido por trinta e cinco dias, assim como errou acerca do apontamento sobre a não renovação de Victor Ferraz. Caso o blogueiro queira, de verdade, saber o que aconteceu em ambos os casos, basta que contate o clube. Não o fez antes de sua publicação de hoje.

Daniel Bykoff, citado em seu texto, é assessor especial e direto do presidente Peres e, desde 1982 é, de fato, advogado. Também tem em sua carreira, faltou dizer, a honra de ter sido professor universitário da PUC/SP, além de extensa carreira civilista e processualista. Daniel, de fato, não é do ramo do Futebol. E não ser absolutamente não o invalida para suas novas atividades no Santos. Pelo contrário. Há tempos que torcedores sensatos de diversos clubes e maioria esmagadora da imprensa pede que o futebol brasileiro se profissionalize. O próprio Juca faz coro à essa profissionalização, no que, ressalte-se, faz bem. E Daniel é exemplo do que a gestão de José Carlos Peres tem feito no Santos: trazido gente profissional e preparada, sem os vícios do futebol, que são muitos, para reerguer o Peixe, tão maltratado nos últimos anos. Ao não trazer os vícios do Futebol, uma gestão profissional não acarreta problemas sucessivos ao Clube, mas os impossibilita.

Até por isso, não há cortina de fumaça na demissão de Gustavo Vieira. O profissional foi contratado pelo clube para desempenhar funções específicas e, diante da metodologia de seu trabalho, o clube optou por mudar de profissional. Não há acusações de lentidão ou ilações semelhantes.

O orçamento do clube, de fato, ainda passa por ajustes. A nova gestão, mais uma vez, busca fazer diferente do habitual no Brasil de gastar para depois buscar a receita. A nova gestão, repetimos, busca ser profissional, exatamente como tanto tem sido clamado em nosso país. Nesse sentido, reconhecemos, às vezes as coisas acontecem em uma velocidade abaixo que gostaríamos. Mas entre fazer corretamente no tempo certo ou permitir a continuidade dos erros crassos na velocidade habitual do futebol, o torcedor santista terá a tranquilidade de que seguiremos a primeira opção, preservando a história de um dos maiores clubes do mundo.

Peres, nesse sentido, também não disseminou a informação (mal) trazido por Juca em seu blog. Peres recebeu de Gustavo a decisão de não contratar Nenê e, como não resolve as coisas na canetada, acatou, a despeito de discordar e querer, sim, o jogador.

Peres não comunicou Gustavo pessoalmente de sua demissão, porque estavam em cidades distintas, além do fato de que a demissão foi decidida não apenas por ele, Peres, mas pelo Comitê Gestor, o que inclusive, demonstra sua atuação e não a paralisia citada, novamente de forma precipitada, pelo blogueiro.

Jair tem e continua tendo completo respaldo para desempenhar seu trabalho, porque neste caso, a avaliação da Gestão é de que o tem feito de acordo com as expectativas quando foi contratado.

Por fim, vale esclarecer que esta publicação não visa qualquer briga ou intriga com Juca Kfouri. Já dissemos e repetimos o respeito que o clube tem pela carreira e atuação do jornalista. Neste caso, contudo, se equivocou. Isso pode acontecer com todos os profissionais. Nos sentimos, no entanto, no dever do esclarecimento, convidando, inclusive, o jornalista a nos consultar quando quiser apurar qualquer assunto para publicações futuras”.

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