Lutando para jogar final, Lucas Lima quer se firmar como ‘homem do jogo’

Líder de assistências do Santos, jogador mais caçado e que mais dribla no Paulistão, Lucas Lima tenta se recuperar para final deste domingo e não foge de seu protagonismo no time

Lucas Lima, do Santos
Lucas Lima é o 'dono da bola' do Santos e lidera várias estatísticas no time (FOTO: Ivan Storti)

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Personalidade forte, coleção de polêmicas nas costas e de importância fundamental no time do Santos. Correndo dia e noite e "internado" no Cepraf do CT Rei Pelé, Lucas Lima faz de tudo para estar à disposição do Peixe para a final de hoje, diante do Audax, às 16h, na Vila Belmiro, e levar a equipe ao 22 título em sua história.

Com seis assistências nesta temporada, o camisa 20 é o líder do Santos neste quesito nos últimos três campeonatos e expressa em números sua importância no time.

Ciente de seu protagonismo e cada vez mais visado pelos adversários, Lucas Lima é também quem mais recebe faltas em todo o Paulistão. Além de todos esses números, é comum vê-lo em campo gesticulando com os companheiros e pedindo a bola a todo instante. É por essas e outras que, mesmo sem estar confirmado e distante de seu ideal por conta da lesão no tornozelo, o camisa 20 é considerado o "dono do jogo".

- Minha característica sempre foi essa de ter a bola, armar o time. Jamais vou me omitir, por mais que eu esteja mal, que erre, vou sempre querer a bola. Às vezes fico p... quando não recebo a bola (risos), mas é uma característica minha. Sempre em prol da equipe - disse, em entrevista exclusiva ao LANCE!.

Considerado por muitos, inclusive por Dorival Júnior, como o melhor meia do Brasil atualmente, Lucas reconhece que a marcação individual que por vezes recebe pode dificultar sua visão de jogo, mas "canta a bola" para os companheiros em relação ao seu posicionamento em campo.

- A marcação individual aumentou. Tive que me acostumar, no começo era chato, mas hoje é natural. Sei os caminhos para me livrar, sem a bola jogo para abrir espaços e já falo para os meus companheiros ficarem atentos à minha movimentação, porque vou tirar um volante de dentro – explicou o cérebro santista.

Com personalidade forte, falando que pensa e jamais fugindo de qualquer provocação aos rivais, a postura do meia do Santos e da Seleção divide opiniões, mas inegavelmente atraem os holofotes para seu jogo.

Decepcionar o público, porém, não está no script. Além das assistências, outro dado comprova a pirotecnia do homem do jogo:16 dribles e a liderança também neste quesito.

"Quando falei que tinha o desejo de sair, foi visto de outra forma. Minha cabeça está aqui no Santos", Lucas Lima

Após fazer uma tatuagem em homenagem ao título paulista de 2015 - seu primeiro e único pelo Santos até aqui -, Lucas Lima não promete repetir o feito, mas nem por isso esconde a obsessão por ser campeão. Para ele, não basta jogar bonito e empolgar se, ao final, não erguer o troféu.

- Quero ter meu nome marcado no Santos, e para isso não basta só jogar bem, tem que ser campeão.

No gramado ou na arquibancada, o que vale no fim das contas é erguer mais um troféu após o apito final.

Confira um bate-bola exclusivo com o meia Lucas Lima:

Sua personalidade forte já lhe rendeu algumas críticas. Suas brincadeiras podem incomodar?
Não sei se incomodo, espero não incomodar, não. Espero ter o carinho das pessoas, agradeço as palavras do Dorival, venho buscando meu espaço no futebol. Não foi fácil chegar até onde cheguei. Tenho que batalhar para me manter, e não é fácil se manter. Espero conquistar muitos fãs, ter o carinho da galera, não só do torcedor santista. Vou sempre tentar proporcionar um futebol alegre, bonito e gostoso de se ver.

Muitos, inclusive o Dorival, consideram você o melhor meia do Brasil. Você se vê como o melhor?
Não sei se sou o melhor meia, mas fico feliz pelas palavras, ouço isso de muita gente. Tento fazer meu melhor para a equipe, pois isso que me faz individualmente crescer a cada jogo. Eu espero nunca perder essa essência de jogar pelos companheiros. É tudo fruto de muito trabalho, tenho em mim que não posso relaxar, senão vem outro e atropela.

Você acha que o fato de você falar o que pensa pode chamar a atenção e ser reconhecido?
Acho que de eu falar não, mas por estar na Seleção, sim. O que eu apresentar é algo que pode chamar a atenção lá fora. Tenho esse pensamento. Muita gente acompanha os jogos aqui no Brasil. Vou tentar fazer meu melhor no Santos e na Seleção também.

Quando você vai mal, muitos dizem que sua cabeça está na Europa. Como você enxerga isso?
Teve um momento que eu falei que tinha o desejo de sair, e isso foi visto de outra forma. Minha cabeça está totalmente aqui. Sei que não vou sair do nada, tem que ter proposta grande. Quero sair pela porta da frente.

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