Jair detecta pontos fortes do Santos e aposta em ataque ativo e letal

Contra o Linense, Santos concluiu menos em gol, mas foi mais letal e cometeu menos erros. Mesmo sem Bruno Henrique, técnico não abdicou de trabalhar pelas pontas

Jair Ventura e Arthur Gomes
(Foto: Ivan Storti / Santos FC)

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Jair Ventura teve menos de duas semanas para treinar o time do Santos. Apostou em um elenco que se conhece bem e teve apenas o lateral-esquerdo Romário como novidade na equipe. No mais, todos atuam juntos há pelo menos uma temporada. Mesmo com pouco tempo, a vitória por 3 a 0 sobre o Linense deixou claro que o treinador já sabe quais pontos explorar: a velocidade pelos lados do ataque.

Mesmo com a saída precoce de Bruno Henrique, que levou uma bolada nos olhos aos 8 minutos da primeira etapa, a reposição com Arthur Gomes surtiu o mesmo efeito. Com roubadas de bola, Copete e Arthur puxaram contra-ataques e levaram perigo.

O camisa 23, que fez dois dos três gols, anotou um tento de cada lado. No primeiro, recebeu lançamento de Vecchio na esquerda e concluiu com um só toque. Posteriormente, Copete cruzou da esquerda para a direita e Arthur mergulhou de cabeça.


Mas a inversão de lados teve uma motivação defensiva. Segundo Jair, a ida de Copete para a esquerda se deu para conter as subidas do lateral-direito do Linense, Reginaldo.

- O lateral-direito estava dando trabalho. Troquei o Copete porque é mais tático e tem a saída com a perna boa pelo corredor. Conseguimos neutralizar também - explicou o técnico.

Apesar de ter tido maior posse de bola, o Santos finalizou menos, mas aproveitou a maioria de suas conclusões em gol e foi mais letal. O Linense chutou nove vezes em direção à meta de Vanderlei, mas só uma deu trabalho ao goleiro. Já o Peixe chutou cinco e quatro foram no alvo.

No ano passado, quando Dorival Júnior foi demitido do comando técnico, um dos maiores defeitos do Alvinegro era a criação. O time abusava dos passes, mas perdia objetividade. Com Levir Culpi, a equipe abdicou do caráter ofensivo para esperar mais os adversários e agir no contra-ataque.

Com Jair, o comportamento santista parece ser mais parecido com o do segundo semestre da temporada passada. Se as notícias forem boas para o treinador e para o torcedor, haverá mais opções para os lados do campo. Gabigol é o nome mais aguardado para 2018.

No segundo tempo, com vantagem no placar, Alvinegro jogou mais compacto, com atacantes mais próximos dos laterais, em busca do contra-golpe.

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