Santos contrata equatoriano, mas relatório aponta negociação duvidosa

Peixe comprou 100% dos direitos econômicos do defensor para o time sub-20, porém passará 20% de uma futura venda ao Manta (EQU) e 30% do lucro à empresa Hi Talent

José Carlos Peres
Presidente do Santos, José Carlos Peres, é questionado (Foto: Ivan Storti)

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A Comissão Fiscal do Santos, órgão de conselheiros responsáveis por fiscalizar as contas do clube, emitiu um relatório sobre a movimentação financeira no primeiro trimestre, que mostrou a contratação problemática de um zagueiro equatoriano. O Peixe comprou 100% dos direitos econômicos de Jackson Porozo, de 17 anos, para o time sub-20, em fevereiro, porém o Alvinegro passará 20% de uma futura venda ao Manta (EQU) e 30% do lucro à empresa Hi Talent.

A diretoria pagou 350 mil euros (cerca de R$ 1,5 milhões) pelo jovem, com vínculo até o final de 2021. O contrato não menciona o motivo das cláusulas acima.

O grande problema é que a empresa Hi Talent tem como um dos fundadores Ricardo Marco Crivelli, o Lica, coordenador das categorias de base que foi afastado de sua função após a acusação de abuso sexual. Em 2015, Lica se retirou da firma e deu lugar a Eduardo Brito de Melo, que, de acordo com a análise do relatório, tem o mesmo endereço residencial que Lica.

A reportagem procurou o Santos para dar um esclarecimento sobre o assunto, veja abaixo:

"O Santos Futebol Clube informa, por dever de transparência, que no acordo preliminar firmado para a contratação do atleta equatoriano Jackson Poroso, não há participação nos direitos do atleta, direta ou indiretamente, de qualquer funcionário ou membro dos quadros do clube"

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