Conselheiro do Santos consegue suspender reprovação de contas

Liminar expedida nesta segunda anulou votação do Conselho do Santos do dia 27 de abril, que reprovou as contas de Modesto em 2015. Votos de ex-membros do CG foram a base

Modesto Roma Júnior
Modesto deu explicações aos conselheiros do Santos (Foto: Pedro Ernersto Guerra Azevedo / Santos FC)

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A segunda-feira do Santos foi agitada, mas não por causa da conquista do título do Paulistão um dia antes, e sim na política. Antes, o ex-presidente Odílio Rodrigues conseguiu a anulação de sua expulsão do quadro de sócios. Agora, um conselheiro conseguiu a suspensão da votação que reprovou as contas do presidente Modesto Roma Júnior em 2015.

O conselheiro Celso Pires Gonçalves entrou com um pedido de liminar, conseguida nesta segunda, para anular a votação do Conselho Deliberativo do último dia 27. A base da liminar foi três votos considerados pelo juiz como irregulares.

Trata-se dos votos de José Renato Quaresma, Jorge Corrêa da Costa e Rodrigo Marino, que foram membros do Comitê de Gestão durante o ano de 2015. O fato deles terem participado ativamente da gestão foi o que levou o juiz Frederico dos Santos Messias a suspender a votação.

A liminar é considerada uma vitória para a situação, já que a reprovação de contas pode causar no impedimento de um presidente e seu vice.

Agora, caberá à Justiça julgar o caso. Caso os votos sejam considerados irregulares de fato, uma nova votação das contas de 2015 deverá acontecer no Conselho Deliberativo do Alvinegro. Caso contrário, a decisão dos conselheiros permanece.

A votação a favor da reprovação das contas foi de 83 a 81. Os argumentos utilizados pelo Conselho Fiscal, que deu parecer favorável à reprovação foram comissões pagas a empresários para renovações, a compra de direitos de Alison e antecipação de cotas de televisão.

CONFIRA OS PONTOS CITADOS PELO CONSELHO FISCAL DO SANTOS:

Foram gastos R$ 3.769.250 com intermediações em 2015, inclusive na renovação de contratos de jogadores. O somatório inclui R$ 600 mil gastos na renovação do lateral Caju, R$ 580 mil pelo acerto de extensão contratual com zagueiro David Braz, R$ 326 mil por Victor Ferraz e R$ 440 mil e R$ 420 mil, e R$ 440 mil e R$ 420 mil para contratar e renovar com Ricardo Oliveira.

Sobre Alison, que teve 70% de seus direitos vendidos ao Banco BMG em dezembro de 2014, o Peixe readquiriu o mesmo percentual no início do mandato de Modesto. No entanto, a venda foi de R$ 4.785.000 e a compra de R$ 7.547.000 por conta de juros estabelecidos em contrato da nova compra.

Já em relação às cotas de televisão do Paulistão, foram adiantados R$ 6.725.000. O principal ponto é que, de acordo com o estatuto, o presidente deve consultar o Conselho Deliberativo antes de solicitar o adiantamento, o que não ocorreu.

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