Após quase sair do Santos, Rodrigão tem meta de gols e quer Libertadores
Antes peça de troca para a diretoria, atacante começa o ano como titular do Santos e tem fome de gols em 2017. No ano passado, foram quatro bolas nas redes
Quem vê Rodrigão no CT Rei Pelé, sorridente, brincando com colegas e comemorando gol em treino, não imagina que o mês de dezembro foi de indecisão para o atacante. Em meio ao período de contratações e reestruturação do elenco, o Santos cogitou emprestar o atacante e até a tentar uma troca. Mas o técnico Dorival Júnior insistiu e, mesmo com a contratação de Kayke e permanência de Ricardo Oliveira, manteve o camisa 22, apesar da queda de produção no fim do ano passado.
Página virada, Rodrigão não se abalou. Pelo contrário, demonstra motivação para 2017 e com razão. Na sexta-feira, quando o ano começa para o Santos, na estreia no Paulistão, diante do Linense, às 21h, na Vila Belmiro, o centroavante será titular enquanto Ricardo Oliveira recupera forma física - Kayke assiste de camarote, aguardando sua documentação ficar pronta.
Iniciar a pré-temporada junto do elenco e ser titular fizeram o baiano de 23 anos sonhar mais alto: estipular uma meta de gols. Diferentemente do ano passado, em que balançou as redes quatro vezes em 20 jogos, ele quer mais.
- Trabalho com meta de gols, sim. Em todos os clubes que chego. Sempre busco a artilharia para fazer história. No Santos não é diferente, quero ser artilheiro também. Jogando, a gente vai criando um limite para si. Dependendo do número de jogos, dá para fazer dez ou mais - estipula, em entrevista ao LANCE!.
Bem humorado no trato com os colegas, Rodrigão fala sério na hora de lidar com imprensa e torcida. Nas redes sociais, principalmente em páginas de humor, o centroavante é tratado como um personagem engraçado, pelo fato de ser animado e falar arrastado, mas parece ser bem diferente disso.
- Sou um cara caseiro, vivo pela família, trabalho para isso. Gosto de samba, axé. Na Bahia não tem como, axé tem sempre. Gosto de ouvir MPB também - completa.
Mas nem uma cervejinha nas horas vagas, Rodrigão?
- Aí você me quebra. Falar de cerveja em entrevista não dá.
E de comida? Pode?
- Depende. Se for marisco, sou viciado. Mas sou tranquilo em relação à comida. Comemos muito bem aqui no Santos - relata.
Com uma pitada de esperança, Rodrigão tem fome de gols e não quer entrar de dieta em 2017.
"Resposta é bola na rede. Quanto mais bola na rede, mais eles (zagueiros) querem bater", Rodrigão sobre a dura marcação da Libertadores
Confira a entrevista exclusiva com Rodrigão:
Teve medo de sair do Santos?
Não tem que ter medo. Tem que confiar no potencial. Tenho que mostrar o trabalho no dia a dia. Se o professor me quis aqui, foi para ajudar o grupo. Isso que vou fazer.
Ricardo Oliveira e Kayke começam atrás de você. Vão ter dificuldades para serem titulares?
Não tem cadeira cativa. Cada um vai buscar seu espaço. Como titular, estarei feliz. Agora é manter no dia a dia e deixar que o professor decida.
Você jogou a Copa do Nordeste, competição que tem marcação dura. Está preparado para a Libertadores?
Libertadores é uma coisa, Copa do Nordeste é outra. Mas Libertadores é muito diferente. Tem que estar preparado sempre. Tem uns caras na Copa do Nordeste que fazem marcação cerrada. Resposta é bola na rede, né. Quanto mais bola na rede, mais eles querem bater.